"O Vírus da Poesia..."

Poesia é a minha paz,

meu mundo, meu universo;

um mar de sabedoria

onde eu vivo submerso;

é minha alimentação,

é meu sustento, é meu pão

feito de rima e de verso...

A partir da madrugada

é esse o meu dia a dia:

já de caneta na mão

recebo uma epifania,

cuja manifestação

é trazer-me inspiração

pra eu fazer minha poesia...

A poesia é minha luz,

é meu santo e meu altar,

feijão puro com farinha

que eu tenho para almoçar;

ela é minha própria vida

é meu lar, minha guarida

meu sol, meu céu e meu mar!

Ao ver poesias aos montes

nascendo em minha vertente,

tive um “derrame” de rimas

nas veias da minha mente

e um maravilhoso “infarto”

eu tive ao fazer o parto

do derradeiro repente!...

Quero então no meu jazigo,

feito em letras garrafais,

aquela minha poesia

que me deu nome e cartaz;

e escrito, seja onde for:

- eis aqui um trovador

que morreu feliz demais!

Quem carrega, como nós,

o vírus da poesia,

tem no sangue uma plaqueta

que se altera todo dia,

aumentando a quantidade

e pondo mais qualidade

nos versos que a gente cria.

Ademar Macedo
Enviado por Ademar Macedo em 22/02/2010
Código do texto: T2102054