A FOME E O SERTANEJO

Quando se fala de fome

Eu lembro do meu sertão

Onde a fome não tem nome

Mas maltrata o coração

Ao se ver as criancinhas

Com as pernas tão magrinhas

E os pés descalços,no chão.

A panela solitária

Lá em cima do fogão

A mandioca e os quiabos

Morreram com a plantação

O chiqueiro está vazio

Não corre água no rio

Só mágoa no coração.

O gado fica parado

No meio da vastidão

O seu olhar tão nublado

Parece estar em oração

Pedindo a Deus pela água

Que possa lavar a mágoa

Do homem, em seu coração.

Meu Deus, ó meu Pai do Céu

Vou te pedir um favor

Olha pra o sertanejo

Pois ele também tem amor

No seu peito bem guardado

Pra quem está ao seu lado

Ele dá, sem ser favor!

soninha

Um mimo do poeta MIGUEL JACÓ!

Me lembro com ternura,

Da minha longa jornada,

No sertão de Pernambuco,

Onde a chuva é demorada,

Hum trecho do ano era,

De uma vida agoniada,

Pela escassez de água.

Miguel Jacó.

Grata ao poeta pela bela interação.

bjs,soninha

Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 26/02/2010
Reeditado em 27/02/2010
Código do texto: T2108443
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