UM QUADRO DE AMOR

Largo os olhos sobre a tela,

posso jogá-los num canto,

invento a voz do meu pai,

choro a saudade em meu canto...

Mamãe, também na parede,

fingindo que estou na rede

seca de leve o meu pranto.

Num quadro de amor eu vejo

o legado do saber,

o meu choro então se esvai,

recordando eu posso crer.

Deixando a gota caída

eu não vejo outra saída

que não seja agradecer.

A família é o alicerce

que estrutura a sociedade,

mesmo quando os pais se vão,

mesmo que fique a saudade

nas pegadas do caminho,

ficam mapas nesse ninho

direcionando a verdade.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 05/04/2010
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