O NOSSO SOL HÁ DE RESPLANDECER

Nos rios da indiferença

corre a gula sem piedade,

brincando de ser político

corta laços de irmandade.

Como o vento colhe as folhas

faz da vida meras bolhas

humilhando a humanidade.

Mas há de resplandecer

o nosso sol de esperança,

nesse amor que solta as vozes

no olhar puro da criança...

Vai semear como o vento

a força de um sentimento

que pela dor faz mudança.

Rompendo qualquer distância

a pista será riscada,

apontando a direção,

da pequena na calçada,

o “bicho”, na voz tremida,

percebe a alma corrompida

vendo a filha ali drogada.

Nesse sol que vai brilhar

tem o peso, a pareceria,

é preciso abrir a porta,

seja noite, ou seja dia,

não transferir compromisso,

discernir, não ser omisso,

mas ter firmeza e ousadia

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 05/04/2010
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