O NOSSO SOL HÁ DE RESPLANDECER
Nos rios da indiferença
corre a gula sem piedade,
brincando de ser político
corta laços de irmandade.
Como o vento colhe as folhas
faz da vida meras bolhas
humilhando a humanidade.
Mas há de resplandecer
o nosso sol de esperança,
nesse amor que solta as vozes
no olhar puro da criança...
Vai semear como o vento
a força de um sentimento
que pela dor faz mudança.
Rompendo qualquer distância
a pista será riscada,
apontando a direção,
da pequena na calçada,
o “bicho”, na voz tremida,
percebe a alma corrompida
vendo a filha ali drogada.
Nesse sol que vai brilhar
tem o peso, a pareceria,
é preciso abrir a porta,
seja noite, ou seja dia,
não transferir compromisso,
discernir, não ser omisso,
mas ter firmeza e ousadia