O NEVOEIRO FECHOU-SE, E O AVIÃO ARREMETEU

Saímos pela manhã,

Com destino alongado,

Escalas e baldeações,

Um plano organizado,

Sem razão modificou-se,

E o almejado não valeu,

O nevoeiro fechou-se,

E o avião arremeteu.

Os passageiros entéricos,

Foram todos medicados,

Convencidos do processo,

Os quais foram abortados,

Um mal está se formou,

E a paz não recrudesceu,

O nevoeiro fechou-se,

E o avião arremeteu.

Os comissários de bordo,

Educados por tabela,

Em sua versão feminina,

São bonitas e singelas,

E os homens um colosso,

vivendo o seu apogeu,

O nevoeiro fechou-se,

E o avião arremeteu.

Turbulências em céu claro,

Fenômeno pouco estranho,

Porem já não é tão raro,

Escute o que te proponho,

Mantenha ereto o seu corpo,

Afivelando o cinto seu,

O nevoeiro fechou-se,

E o avião arremeteu.

Saímos com um destino,

Chegamos em outra rota,

Ficamos feito mendigos,

Pedindo sem ter respostas,

Até que o bicho pousou,

E mundo resplandeceu,

O nevoeiro fechou-se,

E o avião arremeteu.

Cordéis em oitavas.

(Miguel Jacó)

O bicho pesa toneladas

E comecou a cair

Todo o mundo azuado

Apertando a fivela

Tomei um susto danado

Quase que molho a canela

O nevooeiro fechou-se

E o aviao arremeteu.

Para o texto: O NEVOEIRO FECHOU-SE, E O AVIÃO ARREMETEU (T2288326)

Obrigado Nasser por esta eximia interação

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 30/05/2010
Reeditado em 30/05/2010
Código do texto: T2288326