O VELHO E O VIAGRA.

O viágra Fói criado,
Com um grande objetivo,
Pro homem de certa idade,
Não agir de improviso,
Na hora da cavalgada,
Não ficar numa roubada,
E amargar o prejuízo.

O velho toma o viagra,
Fica todo assanhado,
Logo o negócio esquenta,
Deixando o circo armado,
Esperto igual uma pimenta,
Por sentir que a ferramenta,
Foi do sono  despertado.

É nessa hora que o velho,
Lembra-se de quando moço,
Pra garantir a parada,
Não precisava de esforço,
Hoje em estado de descanso,
Para afogar o ganso,
É mesmo um pepino grosso.

Com o poder do viagra,
Fica cheio de moral,
Afoito pra realizar,
O seu intento afinal,
Quando chega o fim da festa,
Pro pobre velho o que resta,
Se esquecer que tem Bilau.

Sem o viagra o dito cujo,
Dorme um profundo sono,
Amolecido e enrugado,
Rendido ao abandono,
E o pobre velho infeliz,
Olha pra figura e diz,
Você tá igual ao dono.

Pela força do viagra,
Que desperta o adormecido,
Lá no fundo da cueca,
Pelo oficio esquecido,
Deixa o velho a vibrar,
Louco pra comemorar,
A volta do falecido.

De posse do afrodisíaco,
Que na farmácia se vende,
Encara a empreitada,
E logo o fogo se acende,
Chora rir e faz careta,
Quando vê a coisa preta,
Sob a tentação se rende.

O viagra é poderoso,
Diz o velho ao tomar,
Fica então todo ansioso,
Pra coisa funcionar,
Empina logo a carroça,
Diz pra velha a noite é nossa,
Hoje o bicho vai pegar.

Na intenção de ficar novo,
O velhote enfia a cara,
Xaropes e garrafadas,
Com hervas de especie rara,
Nessa história os raizeiros,
Vão faturando o dinheiro,
Uma ilusão que não sara.

Quando a figura declina,
Não há santo que dê jeito,
Pode até fazer promessa,
Que nada muda o efeito,
O velho fica arretado,
Vendo o juda desmaiado,
E diz isso é o fim do pleito.

Que afrodisíaco que nada,
Tudo não passa de ilusão,
Quando o Bilau descamba,
Nem protese traz solução,
E tudo um faz de contas,
Pode a jangada tá pronta,
Que se quebra o varejão.

Tenho visto alguns idosos,
Do tal viagra abusar,
Toma sem receita médica,
Se arriscando a enfartar,
E se o tal acontecer,
O que seria prazer,
Vai em morte se tornar.

Dizem não tô nem ai,
Eu quero é aproveitar,
Ainda tenho saúde,
Dinheiro é pra se gastar,
Afunda-se no viagra,
E quando o fogo se apaga,
A sorte vai lamentar.

Sonhando em sentir prazer,
O velho gasta em quantia,
Investe em afrodisíacos,
Até sua a aposentadoria,
Toma o dito na farmácia,
Depois que o efeito passa,
Viu que entrou numa fria.

No viagra o tal velhote,
Sente-se na flor da idade,
Tira barba e faz bigode,
fica faceiro a vontade,
Quando passa a fantasia,
Volta a mesma agonia,
Vê que tudo é vaidade.

Quero deixar um aviso,
Para o velho camarada,
Que gosta de fazer farras,
Com a moral reforçada,
Não fique dando bobeira,
Pois muitos dessa maneira,
Deram cabo à  jornada.

07/06/2010.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/06/2010
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T2306290
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