JABULANI.


Redondinha ajeitada,
De matéria diferente,
Branca com algumas manchas,
Por bons gramados carentes,
Jabulani é o objeto,
Que vai fazer no trajeto,
A paixão de muita gente.

Vive de orelha queimando,
Por todos sendo ultrajada,
Personagem principal,
Da copa tão esperada,
Doidinha pra apanhar,
E um cantinho encontrar,
Na rede da goleirada.

A jabulani coitada,
Tem sido mal comparada,
Logo ela coitadinha,
Que apanha sem falar nada,
Sem contar com as caneladas,
Que vai deixar a coitada,
Com a pele arranhada.

Essa é a bola da copa,
A jabulani afamada,
Quatrocentos e quarenta,
São as gramas da danada,
Pela boa qualidade,
Ganha mais velocidade,
Quando pra gol é alçada.

Jabulani está afoita,
Pra rolar pelos gramados,
Pelos estádios da África,
Deixando todos alvoroçados,
Por todos os olhares seguida,
Durante qualquer partida,
No tapete dos estádios.

A Jabulani na verdade,
Parece ser bem esperta,
Que vai fazer os goleiros,
Estarem sempre alerta,
Amiga dos atacantes,
E um perigo constante,
Para todo guarda metas.

Esferica e impermeável,
Com doze libras de ar,
Há milhares nesse instante,
Que estão a se perguntar,
Quem será o jogador,
A marcar o primeiro gol,
E a Jabulani beijar?

O fato é que muita gente,
Vive a se perguntar,
O que tem a jabulani,
Que deixa tantos a falar,
Desse redondo objeto,
Que não espera afeto,
Feita só pra apanhar.

Tem atleta que a compara,
Como bola de terceira,
O atacante se enfada,
Por descambar na ladeira,
A onde está o defeito,
Será que não é o sujeito,
Que sem querer deu bobeira?

No continente africano,
Onde a Jabulani domina,
Atormentar os goleiros,
Essa vai ser sua sina,
E que todo atacante,
Vai estufar os barbantes,
Se achar o mapa da mina.

Seis bilhões de par de olhos,
Vão ta grudado na tela,
De olho na Jabulani,
Ao som de tal vuvuzela,
Torcendo pra gorduchinha,
Lá dentro das quatro linhas,
Na patria de Nelson Mandela.

Comparada por alguém,
Com poder paranormal,
Por sua velocidade,
Ser assim descomunal,
Se o cara acertar na veia,
Pro goleiro a coisa é feia,
Vai pro barbante afinal.

A cada jogo bem feito,
O craque enaltece o nome,
Cada jogada bonita,
Com a amiga Jabulani,
Já aos goleiros cuidado,
Tem que está bem preparado,
Pra se livrar do vexame.

Mas com certeza terão,
Muitas jogadas esquisitas,
Em que o mau jogador,
Vai ficar feio na fita,
E vai fazer todo jeito,
Pra na bola por defeito,
Detonando a bendita.

Por certo a redondinha,
Personagem principal,
Nos campos de Joanesburgo,
O palácio imperial,
Dessa pequena princesa,
Causadora de proesas,
Nos gols desse mundial.

Não falta quem dê pitacos,
Em todo em qualquer lugar,
Pra falar da gorduchinha,
Podes crer não vai faltar,
Quando acertar ela é boa,
Mas se errar o que soa,
Pede pra bola trocar.

Trinta e duas seleções,
Lutando pra conquistar,
Trezentos e cinqüenta e dois,
Que nos jogos devem está,
Setecentos e quatro chuteiras,
Que a jabulani ligeira,
Deve por elas passar.

Assim é a trajetória,
Dessa bola admirada,
Em sessenta e quatro jogos,
Ela vai ser detonada,
Vai fazer muitas proezas,
E tambem muita tristeza,
Pra equipe derrotada

10/06/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 10/06/2010
Reeditado em 29/06/2010
Código do texto: T2312017
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