Universo

A estatura encerra

Dimensões não compreendidas

Paradigmas que emperram

Liberdades exigidas

Pela concepção da mente

Pra serem desenvolvidas

Feliz do gênio ou do louco,

Dependendo de quem vê,

Que dos limites faz pouco

De quem zomba sem entender

Desbravando os universos

De quem vive por viver

Mente aberta custa pouco

Medos não se justificam

Disfarces de ouvidos moucos

Dos céticos que criticam

Achando os mistérios toscos

E bobos os que acreditam

Alheios seguem perenes

Cercados de paradigmas

Ignorando as sirenes

Que tocam além dos estigmas

De Zeus, Apolo e Artemis

E de outras coisas antigas

Não consideram que as mentes

Das invenções que usufruem

Lutaram contra a corrente

Que os céticos possuem

E que isso é recorrente

E com os tempos não fluem

Mas os mistérios pontuam

Um fundo por entre o prático

Indelével, sorrateiro...

Com marcas, sombras e rastros

O atento detém ligeiro

Embora não saiba os fatos

O homem é só uma partícula

No todo que desconhece

Das águas uma gotícula

Um fóton quando amanhece

Não importa o que acreditam

Se estudam ou se esquecem