MORRE O POLVO VIDENTE.

Morreu o polvo vidente,
Pitaqueiro sem igual,
Molusco surpreendente,
Ainda não tem rival,
O mundo inteiro encantou,
Com os palpites que acertou,
Nesse último mundial.

Esse tal polvo vidente,
Animal admirado,
Residente de um aquário,
Por milhares visitado,
Na função de palpiteiro,
Fez fama no mundo inteiro,
Como sendo iluminado.

Pena que a duração,
Dessa espécie de animal,
É somente dois ou três anos,
Tendo assim o seu final,
Dia vinte e seis finalmente,
Se foi o polvo vidente,
Numa morte natural.

Tendo tão curta existência,
Mas a muitos intrigou,
Porque nos oito palpites,
Em que a prova ficou,
Conseguiu grande proeza,
Demonstrando com frieza,
A nenhum deles errou.

Porem agora se foi,
O tal bicho intrigante,
Que a lógica desafiou,
E a todo o ser pensante,
Tendo atitudes estranhas,
Mesmo sendo da Alemanha,
Levou seu pitaco avante..

Todo o mundo assistiu,
O pitaqueiro afamado,
Os testes que lhe faziam,
No dia determinado,
Pois antes de cada jogo,
Iam consultar o polvo,
Que acertava o resultado.

Se foi mito ninguém sabe,
Isso foi mesmo anormal,
Acertar todos os jogos,
De forma sensacional,
As equipes que escolheu,
Todas as vezes venceu,
Sem errar uma afinal.

Êta criatura aquática,
Pra ter palpite certeiro,
Regado a troco de iscas,
Era um polvo verdadeiro,
Quatro meses após a copa,
O coitado bateu as botas,
Partiu sem deixar herdeiros.


E assim termina a história,
Do maior dos pitaqueiros,
Que não era um matemático,
Pai de santo ou agoureiro,
Só se sabe sim senhor,
Que todo o palpite acertou,
Desde o ultimo ao primeiro.

28/10/2010.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 02/11/2010
Reeditado em 24/02/2011
Código do texto: T2592433
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.