SERÁ QUI OCÊ VIRÔ CAVÊRA???

            

                (Milla Pereira)

 

 

U amigu anda sumidu

De minha iscrivaninha

Coração fica sintidu

A arma chora suzinha

Intè já pensei bestêra

Qui ocê virô cavêra

Foi morá nôtra casinha.

 

A presenssa dus amigu

É u qui se tem de mió

Cuânu si afasta, u castigu

Pareci ficá pió.

A genti senti sódadi

A tristeza nus invadi

I nus assárta, sem dó.

 

Pur issu, quiridu amigu,

Eu ti pessu pra vortá

a interaji cumigu

pra genti si alegrá.

Num queru pensá asnêra

Qui ocê já é u'a cavêra

Pra vim aqui mi assustá!

 

 

 

Resposta de Airam Ribeiro

 

 

NUM VIREI CAVÊRA NÃO!

 

                  (Airam Ribeiro)

 

De modo argum campaiêra
Eu quiria te maguá
É qui a vida é u’a doidêra
Qui a gente some, sei lá!
Mais num é isquicimento
Ocê a todo momento
Eu num canso de alembrá.

Me adescurpa eu te peço
Vô vortá ocê vai vê
De novo o meu regréço
Pois eu gosto de ocê
Pur cê u’a amiga minha
Vô na sua iscrivaninha
Arguma coisa iscrevê.

Num virei cavêra não
Mais bem qui quiria cê
E largá esse mundão
Cum essa corja do PT
Da um tiau ao lulismo
E min incostá no paraíso
Qui Deus fez pra min tê.

Ah! Se eu fosse cavêra
Raiva eu nun ia sinté não
De vê só as rastêra
Qui vão passá na nação
Tudo vão cuntinuá
As robalhêra vai vortá
E vai vim mais mensalão.

Paloci já ta vortano
Zé Dirceu, tenho dó
O Ginuino se preparano
Fazeno u’a cueca maió
Vão inrrolá o PMDB
Coisas qui elis sabe fazê
Vão se perparano pra vê.

Nosso povo teligente
Num quis a Marina lá
Vai sintí o mêi ambienti
Pur nóis num sabê votá
Gente qui presta o povo nun qué
Nun arreparô nessa muié
A firmesa ni seu falá.

Intão qui se agüente
Os qui ainda padece
Os qui inda tão vivente
Qui sofre e nun aparece
Oia esse véio ditado
O povo pur num sabê tê votado
Tem o governo qui merece.

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Um dia nóis tudu seremu cavêra, cumpádi.
Inté elis, us puderoso!
Beijus
Milla

 

 

Comentário, que deixei no cordel

“QUERO CÊ U’A CAVÊRA LAITE”

do poeta e cordelista

Airam Ribeiro

(http://www.recantodasletras.com.br/cordel/2592340)

E ele, gentilmente, transformou-se

em um dueto, com sua resposta,

já publicado em sua Escrivaninha.

Brigadim, meu cumpádi.

Bejão procê.

 

(Milla)

 

 

 

 

 

 

 

Mano Pedrinho tomêm chegô
pra defendê as cavêra


Bão dia,Milla Perêra

Eu vim aqui apriciá

Levei uma sumidêra

Maz,tá na óra de vortá

Cês num viráro cavêra

São coléguas de premêra

Nóis num pódi duvidá!

 

Sôbri a munta robalhêra

Que Cumpádi Airão falo

O povão díz quié bestêra

Tarvêz já si acustumô

Botáro lá a "sarjentão"

Primêro "damo" num tem não

Munto malandro comemorô!

 

Falo agorinha pra sióra

Dêxa êsse povo se lasca

E ântis de eu imi imbóra

Resorví hôje pubricá

Uma istóra bunitinha

Dum sabiá e a sabiazinha

Ocê num vai nem querditá!

 

(Pedrinho Goltara)