CORRER RISCOS.

Quero aqui nestes versos,
Levar a quem ler refletir,
Que nesse nosso universo,
Arriscar-se é progredir,
A você que não se arrisca,
Pode ficar mal na fita,
E no trajeto cair.

O que rir corre o risco,
De ser tachado de tolo,
Sem se arriscar na receita,
Não se aprende fazer bolo,
Está mais do que provado,
Que o ser despreparado,
Nunca se livra do rolo.

O que chora corre o risco,
De parecer sentimental,
Só quem se arrisca no brilho,
Faz desfile em carnaval,
Inteligência com sobra,
Faz o homem ter manobra,
Pra fugir de qualquer mal.

O que estende sua mão,
Corre o risco de se envolver,
Sem pegar no corrimão,
Pode a ponte não vencer,
E quem tem medo de altura,
Não pratica essa aventura,
Inda que pra conhecer.

O que expõe os sentimentos,
Corre o risco de mostrar,
O seu verdadeiro eu,
E por tal decisão chorar,
Ser sincero tem seu preço,
Porem este é o começo,
Ao que quiser triunfar.

O que defende suas idéias,
Perante uma multidão,
Corre o risco de perder,
Amigos e até irmãos,
Na vida não há lugar,
Pro covarde se instalar,
Falo com toda razão.

Pois todo aquele que ama,
Corre o risco de não ser,
Pelo amor correspondido,
E a auto estima perder,
Já diz o velho ditado,
Que amar sem ser amado,
É pedir para sofrer.

O que vive corre o risco,
De ter a morte por bocado,
A vida é pequena chama,
Por um vendaval cercado,
Na queimação da madeira,
O que acende a fogueira,
Arrisca morrer queimado.

O que confia corre o risco,
De um dia se decepcionar,
Pois todo homem é mortal,
Qualquer um pode falhar,
Pois é uma coisa certa,
Se embrenhar na floresta,
Arrisca não mais voltar.

O que tenta alguma coisa,
Corre o risco de fracassar,
Vaso que muito vai a fonte,
Pode um dia se quebrar,
Menino que faz pirraça,
Às vezes apanha de graças,
Pra aprender se comportar.

Os riscos são pra ser corrido,
No decorrer da jornada,
Sem dar o primeiro passo,
Não se faz a caminhada,
Acreditem no que digo,
O nosso maior perigo,
É não se arriscar em nada.

Nesse mundo há muita gente,
Que não corre nem um risco,
Fazer algo pra si mesmas,
Parece ser sacrifícios,
Agem como se destinadas,
A não ser e nem fazer nada,
De seus papéis sendo omissos.

Tais pessoas podem até,
Evitar muitas agruras,
Tristezas, desilusões,
Sofrimentos e desventuras,
Nada mudam em seu ser,
Nascem e morrem sem crescer,
Nem vivem tais criaturas.

Passam o tempo acorrentadas,
A suas próprias atitudes,
Meramente escravizadas,
Por suas fracas virtudes,
São pássaros engaiolados,
Comem do que lhes é dado,
A menos que o conceito mude.

Só aquele que se arrisca,
Pode almejar na verdade,
Construir o seu futuro,
E assim a posteridade,
Nossa existência é pequena,
Pra alienar-se das senas,
De sonhar com a liberdade.

Vai aqui o meu conselho,
Para aquele que tem medo,
De investir em seus sonhos,
Deixando-os em segredo,
Não deixe que a covardia,
Encha de nuvens seu dia,
Pois o sol surge bem cedo.

Cosme Barroso Araujo,
05/02/2011.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 06/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2776116
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.