Maliça, é só maliça!

Airam Ribeiro

Os qui sairo tem sôdade

Do congresso nacioná

Os qui intráro a vaidade

De podê istar pur lá

Argum inda cuntinua

Pois axô os voto nas rua

De quem num soube votá.

E as piada ta qui rola

Cum Tiririca senadô

Romário o bom de bola

No congresso já xegô

Vinte e sete mil vos espéra

Eu digo procêis é divéra

A aligria no rosto istampô.

Foi no tapete vremêi

Qui ali eles intráro

Nos primero ato num sei

Pruquê ni Sarnei votáro

Ele sabe onde as cabra máia

As farcatrua cum ele nun fáia

Pruquê de novo eles botáro?

Maliça, é só maliça!

Um novo num pudia intrá

É iguá urubu na carniça

Corre muitio diêro pur lá!

Eu fico aqui é rezano

Para os novo num ir intrano

No isquema nacioná!

Ocêis pode aí anotá

De borço xêi vão saí

É a curtura nacioná

E a propina corre ali

Se corrê o bixo pega

Se ficá o bixo esfrega

Nóis num temo pra onde ir.

Deus qui é Onipotente

Pra os votante vai oiá

Nóis vai vencê minha gente

Pode ni Deus cunfiá

Pur lá as coisa ta braba

Um dia esses rôbo acaba

É só nois aprendê votá.

Mais meus amigo do sexteto

Nun vamo ficá triste não

Já ta formado o coreto

Vamo vê as suas canção

Olhai os liro dos campo

Vamo guentá o trampo

Pro bem de nossa nação.

Bota a boca no trombone

Ni quarqué errin qui axá

De grito ou de mecrofone

Num pudemo é cunfiá

Gato iscardado discunfia

Quando vê a água fria

E vamo vê no qui vai dá!

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 07/02/2011
Código do texto: T2777061
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