RETRATO DA POLÍTICA
     BRASILEIRA-03


Olha eu aqui de novo,
Pra deste assunto falar,
Esse circulo vicioso,
Que vive a se propagar,
A política brasileira,
Tão cheia de bandalheira,
Duro de se suportar.

Esse sistema político,
Está destruindo a nação,
Por tantas coisas absurdas,
Feitas sem aprovação,
Que o pobre do eleitor,
Arrepende-se que votou,
Porem não tem salvação.

Toda vez que chega o tempo,
Das campanhas eleitoreiras,
Tempo que os cobras criadas,
Desandam falar asneiras,
Deixam os desinformados,
Confusos e embaraçados,
Igual peixe em malhadeira.

O povo está acostumado,
A ver essas pilantragens,
Praticadas por essa classe,
Que pra isso tem coragem,
Dando nó em pingo d’água,
E o povo chorando as mágoas,
Sofrendo com a malandragem.

Dominado por políticos,
O país tá se afundando,
Tantos acordos esquisitos,
Feitos por baixo dos panos,
Mensalinho e mensalão,
Empobrecendo a nação,
Acontecem a cada ano.

Para aumentar o salário,
Do pobre aposentado,
Eles gastam vários dias,
Em debates saturados,
Que o coitado inativo,
Tem que usar improviso,
Pra não morrer infartado.

Seus salários ao contrario,
Aprova-se num momento,
Nem gastam sua saliva,
Discutindo o orçamento,
Dão aumentos exagerados,
Deixando o país lascado,
E os grilos cantando dentro.

O que se vê nos jornais,
Dos políticos brasileiros,
São golpes de todo jeito,
E desvios de dinheiro,
Projetos engavetados,
E os recursos desviados,
Para conta de terceiros.

O nosso país está cheio,
De políticos mentirosos,
Já está virando moda,
Viver enganando o povo,
É duro ter que engolir,
Prometer e não cumprir,
Virou mandamento novo.

Na verdade têm alguns,
Que faz jus a tal função,
Nos projetos sociais,
Acertam com precisão,
Enquanto que a maioria,
Crescem na patifaria,
Envergonhando a nação.

Os encargos da política,
É mesmo grande lambança,
O sujeito ocupa o posto,
Só pensando nas finanças,
É coisa dos mais espertos,
Morre o avô fica o neto,
Como se fosse uma herança.

Vou contar como acontece,
Quero fazer-lhe entender,
O cara explora o terreno,
Sem o eleitor perceber,
Se o clima estiver pesado,
Muda-se pra outro estado,
Ganha e fica no poder.

Isso é a chave do negócio,
Pra enricar esses sujeitos,
Na política dos estados,
Acontece em cada pleito,
Se ele aqui fica mal visto,
Vai pra outro município,
Pra de novo ser eleito.

Ninguém sabe até quando,
Vai durar essa anarquia,
Dos bandidos disfarçados,
Que criaram essa hierarquia,
Uma casta de malfazejos,
Movidos por um só desejo,
De aumentar suas quantias.

Em toda e qualquer órgão,
Tem político infiltrado,
Com as maiores portarias,
Dos cargos comissionados,
De qualquer jeito se arranja,
Recheados dos laranjas,
Que vivem neles encostados.

Sem contar os puxa sacos,
Que vivem a mendigar,
Cheira rastros dos políticos,
Treinados a manipular,
Chega a formar batalhão,
De esmoleis de profissão,
Que pagam pra trabalhar.

Verdade e honestidade,
Sinceridade e união,
Essas coisas na política,
Não entra em cogitação,
O cara pra ser eleito,
Arranja qualquer defeito,
Pra por até nos irmãos.

A renda de nosso país,
Tá toda nas mãos dos caras,
E os crimes de colarinhos,
É um câncer que não sara,
Começa lá no congresso,
Cria fama e faz sucesso,
E pelos estados se espalha.

Chega dá ânsia de vômito,
As tais sessões em plenários,
Lavagem de roupas sujas,
Falando dos adversários,
Enquanto isso o cidadão,
Massa maior desta nação,
É carta fora do baralho.

Os malandros engravatados,
Mais parecem uma quadrilha,
Nunca concorrem sozinhos,
São os chamados ervilhas,
Fazem tudo consciente,
Filho põe pai de suplente,
Assim ta tudo em família.

Antigamente a política,
Era pro bem da nação,
Porém nos dias de hoje,
É a melhor profissão,
Até para o analfabeto,
Esse maligno objeto,
Tornou-se grande opção.

Num país em que o povo,
Nem sabe em que acredita,
A mídia investe no sujeito,
Pra deixá-lo bem na fita,
Você deve está lembrado,
Do político mais votado,
O humorista Tiririca.

Assim ocupa a cadeira,
Quem não tem capacidade,
Nem um projeto de lei,
Sabe o que é na verdade,
E os pobres incompetentes,
São paralíticos dementes,
Sem nenhuma autoridade.

O grande mal dessa nação,
É não politizar seu povo,
Pois entra ano e sai ano,
E nada acontece de novo,
Enquanto isso não mudar,
O povo vai continuar,
Igual a um pinto no ovo.

Os políticos renomados,
Ganham em criatividades,
Para isso treinam os filhos,
A crescer nessa irmandade,
É só o pai se aposentar,
O filho ocupa o seu lugar,
Se tornando a majestade.

Passa dos pais para os filhos,
E dos filhos para os netos,
Formando grande corrente,
Como as letras do alfabeto,
Que nós queiramos ou não,
Essa grande maldição,
Domina o mundo completo.

A onde a política chega,
Contamina o ambiente,
Nela até os honestos,
Tornam-se incoerentes,
Seja verão ou inverno,
É no quinto dos infernos,
Que vai parar finalmente

11/03/2011.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 14/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2846923
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