MADRUGAGA

(Quadrão)

Era Madrugada fria

A Lua já se escondia

Pois já clareava o dia

A estrela que piscava

Também a luz apagava

Prenunciando o Sol

Que nos traz luz e calor

Pra cidade que acordava

Não terá visto o amigo

O planetinha colorido

Ou seu cantar ter ouvido

Saudando o outono

Chegando ainda com sono

Preparando com prazer

O melhor entardecer

Para alegrar o seu dono?

Me encontrava num pesqueiro

Cunhado por companheiro

Quando caiu o aguaceiro

Eu banhava minha isca

Pois o peixe nem bilisca

Mas estava em comunhão

Com toda a imensidão

Quando avistei a faísca

Vinha daquele campinho

de gramado mais verdinho

Celeiro de passarinho

Era mais que um clarão

E como tiro de canhão

Sacudiu esse lugar

Me deu até mal estar

Disparou o coração

Em seguida veio um vento

Que nos trouxe mil tormentos

pois soprava violento

Varreu tudo à sua volta

Para a mente rédea solta

A idear mil conjecturas

Procurei uma armadura

Pra proteger minha revolta

Mais tarde eu vou voltar

Pro resto da história contar

Pois eu tenho que trabalhar

E o chefe não perdoa

Vai me chamar de à toa

Um castigo me aplicar

Ou do salário descontar

Não vou ficar numa boa!

E vejam só quem veio abrilhantar a página deste aprendiz:

O grande Poeta Miguel Jacó. Obrigado pela interação!

Já entendi o contexto

Desta sua narrativa

Pra uma vida cativa

De um bom trabalhador

Tentando evitar a dor

de uma injusta causa

Sua estória não contou

Simplesmente adiou.

Miguel Jacó

Pedro Gonzalez
Enviado por Pedro Gonzalez em 22/03/2011
Reeditado em 24/03/2011
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