A HISTÓRIA DE EUCLIDES, ANA E DILERMANDO

A história aqui narrada

Aconteceu de verdade

Um triângulo de amor

Que ficou na eternidade

Pois o seu desenrolar

Foi repleto de maldade

Euclides era escritor

Engenheiro e militar

Por conta da profissão

Sempre estava a viajar

E deixava sua Ana

Tomando conta do lar

Em uma dessas viagens

Que foi muito demorada

Ana se sentindo só

Carente e abandonada

Conheceu o Dilermando

E ficou apaixonada

Era um amor impossível

Pois ela era casada

Praticar o adultério

Era coisa muito errada

Respeitava o marido

E era mulher honrada

Tinha também o seu filho

Que se chamava Quindinho

Diminutivo de Euclides

Dado com muito carinho

Que não podia sofrer

Com tamanho descaminho

Mas a força do amor

Não pode ser suplantada

A paixão ia crescendo

Sem poder ser controlada

E os dois se entregaram

A traição foi consumada

O romance se firmou

Todo dia se encontravam

Eram noites de amor

Que os dois sempre passavam

Pois Ana e Dilermando

Cada vez mais se amavam

Esse amor desenfreado

Tomou grande proporção

E Ana então resolveu

Pedir a separação

Revelaria a Euclides

Toda a situação

A coisa ficou mais séria

Pois Ana engravidou

Com essa situação

O caso se complicou

E de tão preocupada

Ana quase endoidou

Quando Euclides voltou

Foi grande a decepção

Ficou muito revoltado

Com aquela situação

Pois Ana em desespero

Fez toda declaração

Euclides ficou tristonho

Sem saber o que fazer

Esta nova condição

Quase o fez enlouquecer

Mas, contudo resolveu

O Casamento manter

Quando Ana deu à luz

O Filho de Dilermando

Euclides sentiu o peito

Todo se dilacerando

E um plano bem cruel

Ele foi arquitetando

Pra Ana sentir na pele

O preço da traição

Separou-a da criança

Até pra a amamentação

Dessa forma o menino

Morreu de inanição

Julgou que assim fazendo

Tudo estava resolvido

Dessa forma lavaria

Sua honra de marido

Ana se arrependeria

De um dia tê-lo traído

Depois desse sofrimento

Ana então se revoltou

Pros braços de Dilermando

Novamente ela voltou

E o romance entre os dois

Muito mais força ganhou

Euclides ficou maluco

E perdeu sua razão

Bateu mão do revolver

Saiu feito furacão

Ia matar Dilermando

Pois isso não tem perdão

Quando Euclides chegou

Na casa de Dilermando

Não deu chance pra conversa

E foi logo atirando

Deu-lhe três tiros certeiros

Que quase o iam matando

Dilermando teve sorte

E não era morredor

Também era militar

Excelente Atirador

Sacando o seu revolver

Deu um tiro matador

Dilermando não foi preso

E nem poderia ser

Em legítima defesa

Ele pode esclarecer

Que naquele episódio

Era matar ou morrer

Para Ana e Dilermando

Tava tudo resolvido

Agora o romance deles

Podia ser assumido

Viveriam bem felizes

Como um casal muito unido

Mas o filho de Euclides

A vingança planejava

Aquela situação

O rapaz não aceitava

E toda sua família

Para isso o incentivava

Ao chegar a um cartório

Onde estava Dilermando

O rapaz sacou a arma

E foi logo atirando

Pondo a vingança em prática

Como estava desejando

Mais uma vez Dilermando

Teve que se defender

Atirou para matar

Pois não tinha o que fazer

A história se repetia

Era matar ou morrer

Foi preciso muito tempo

Que é bom consolador

Para Ana e Dilermando

Superarem tanta dor

E continuarem juntos

Desfrutando desse amor

Augusto Secundino
Enviado por Augusto Secundino em 30/05/2011
Código do texto: T3002422
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