ÁGUA DE POTE!
Meu amigão me falou
Que depois de uma pelada
Com muita sede ficou
Para então matar a sede
Reuniu uma galera
Que também agonizava
Só restava uma saída
Pedir água aquela velhinha
Pois de fora se ouvia
A voz suave e macia
De uma linda velhinha
Pois logo prontificou
Pediu ela a rapaziada
Que em sua casa entrou
Praquela galera de jovem
A sua sede matar
Ofereceu o que de bom tinha
Um pote uma quartinha
De água fresca e limpinha
Era o que ela melhor tinha
Foram vários tibungo no pote
Só ele bebeu foi seis
Secaram a água da velha
Quase de uma só vez
Foi então que um dos jovens
Que prestou muito atenção
Vendo que no fundo do pote
Morava um grande sapão
Uns deram pra cuspir
Depois da sede matada
Afirmando que daquela água
Jamais poderia beber
Falou mal da pobre velhinha
De nojenta descarada
A velha quase chorava
Mas nem ela desconfiava
Que um sapo em sua casa morava
E de sua água bebia
Pois com ele dividia
A água de pote gelada
Escrito em 18 de junho de 2011, por Orlando Oliveira