Festança na cidade

Na quietude do mato que moro

Só dá prôvi os barulho dus grilo

Tô inté custumado,acho graça, racho o bico

Dessa vida engraçada, de mato que vivo.

Sempre que tem festa,nois vai pra cidade andá

Vemo moça bonita pra lá e pra cá

Chego na festança e fico pelas berada

Tô sempre de ôio, nas desacompanhada.

Se as madama aceitá,nós inté rasta o pé

Sô chegado numa dança, fico doido com as muié.

Foi na festa dotro dia que vi a lora boa

Cismei de chamar pra dança

Quando vi a aliança dei um rodopio e

Peguei a morena mansa.

Sô do mato,mas sô respeitadô,

Enfrento todo bicho,mas num brinco com amô

Muié de aliança tem seu par de dança

Eu que num sô criança,quero mai é proveitar pra encher a pança e me cabá nessa festança.