A BANDEIRA DE FEIJÃO...

Pai era um sujeito muito sério, mas muito bão.
Um dia ele chegô da roça, cum uma bandera de fejão maduro, mais tinha qui tirá as bage do fejão e depois dibuiá, intão ele chegô, pegô uma penera e pôis o fejão dento e já tava dispencado, falô:Luis chama Glorinha e vem dibuiá o fejão que é pá cunzinhá pu almoço amanhã.
Aí nós vei rismungano mais vei, pois num pudia disobedecê, mais logo cumeçô a briga,Glorinha impurrava um monte pra mim e eu divulvia pra ela, e pai veno aquele frege, foi divagazim, aonde ele punha a cela e pegô um laço de coro, trançado, mais eu vi e curri, e Glorinha tamém correu...e lá no fundo tinha um poço qui o povo de lá falava qui era assombrado, isso era no fundo e dos lado era cerca qui nói num dava conta de passá. E pai chegô com o laço e falô:passa aqui os dois, quem passá caminhano ganha só uma chicotada mais quem passá correno ganha muita,intão eu pensei cumigo, vixe intão disgraçô tudo, querdizê qui de colqué jeito ganha chicotada tô ferrado...pois Glorinha passô caminhano e ganhô uma chicotada só...quando vi aquilo pensei Jesus amado tem de piedade rsrs...mais num passei não, fiquei isperano pai distraí prá mim passá correno, e ele fez de conta qui tava distraído, e eu fui chegano pá perto, e abrí na carrera, mais ele mandô o laço e imbaraçô nas minhas perna e caí e ele desceu o coro.
Levantei numa pressa e fui correno dibuiá o feijão, mais a ora qui cheguei lá Glorinha já tinha dibuiado quais tudo sozinha, e o medo de apanhá, e pai chegô e falô:agora quero vê os dois combinadim aí trabaiano uai...


Luizz.

Luizz
Enviado por Luizz em 17/07/2011
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T3101550
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