AURÉLIO DAS LOIRAS -02

Olha eu aqui mais uma vez,

Pra mais uma vez contar,

Sobre o Aurélio das loiras,

Que é mesmo de arrepiar,

De mais um vocabulário,

Desse tal dicionário,

Que nem sei a onde está.

Veja até um passarinho,

Nesse tal dicionário,

Deixou de ser uma ave,

Êta livrinho ordinário,

Só a loira não se engana,

Pois um roçado de canas,

Nele se chama CANÁRIO.

A palavra DESBOTAR,

Essa é de amargar,

Em vez de perder a cor,

Outro sentido se dá,

Pode contar até dez,

Tirar as botas dos pés,

É o que se entende lá.

As palavras ABRIR-MÃO,

Tem sentido figurado,

Na verdade é desistir,

Deixando algo de lado,

No livro da loira esperta,

É está de mão aberta,

Isso me deixa bolado.

Já a palavra EXPIRADO,

Nesse Aurélio inculto,

Passa ter outro sentido,

Sem deixar nenhum indulto,

Nesse livrinho encardido,

Ao invés de perecido,

Passa a ser ex- maluco.

Olhe só SUBVERSÃO,

Isso é de causar horror,

Em nosso bom português,

É tumulto sim senhor,

Mas pra elas é diferente,

Subversão minha gente,

É uma versão inferior.

E a palavra DESANDAR,

Todos sabem o que é,

Mas nesse dicionário,

Que a loira aplaude de pé,

Ao invés de ser regresso,

O seu sentido expresso,

É andar de marcha RÉ.

A palavra ASSALTANTE,

Já estou me estressando,

Seu sentido é agressor,

Creiam no que estou falando,

É mesmo deselegante,

No tal livro assaltante,

É um (A) que fica saltando.

Veja essa! AGUARDENTE,

A nossa língua arrebenta,

No grande Aurélio das loiras,

Para mim isso é tormenta,

Parece até uma ameaça,

Lá deixa de ser cachaça,

E sim! Água com pimenta.

E a palavra TERREIRO,

Nesse livro atrapalhado,

Deixa de ser plataforma,

Isso me deixa intrigado,

Uma inocência infinita,

Assim a loira acredita,

Ser barro amontoado.

A palavra REPROVAR,

Digo pra todos vocês,

Nesse dicionário maluco,

Que não sei quem foi que fez,

Censurar ou condenar,

Deixa de ser reprovar,

Torna-se provar outra vez.

Ninguém sabe da existência,

Desse ilustre dicionário,

Porem a loira esperta,

Tem ele como emissário,

Pra não se ver em apuros,

Conhece até no escuro,

As dicas e o glossário.

Quero aqui me desculpar,

Por mais essa brincadeira,

Que faço com as loirinhas,

Do mundo e as brasileiras,

Vocês são as preferidas,

Pra alegrar nossas vidas,

São sábias e verdadeiras.

02/11/2011.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 02/11/2011
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