SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES

SHERAZADE E AS MIL E UMA NOITES

Meus caros leitores

Que prazer em recordar

As mais belas histórias

No passado fui buscar

Até os dias atuais

Ainda vem nos encantar

Certa vez, no Reino da Pérsia

Um Rei Chamado Shariar

Um homem solitário

Com um humor de amargar

O seu fiel grão-vizir

Ao Rei queria ajudar

O coração do Rei

Era duro e pedegroso

Nada o animava

Ele era rancoroso

O grão-vizir se preocupava

Com o nobre majestoso

O Rei como família

Tinha apenas um irmão

Shazman foi embora

O deixou na solidão

Não suportou o astral

Parecia maldição

Eu não sabia a causa

O porquê do sofrimento

Nada o alegrava

Nem lhe trazia alento

Penso que o Rei precisava

Ser feliz por um momento

Sempre tem algo escondido

Quando alguém está sisudo

Muda o seu jeito de ser

Utiliza como escudo

As pessoas percebem

Essa mudança diz tudo

Sobre o sofrimento do Rei

Vou contar qual razão

Em seu casamento

Sofreu uma traição

Não perdoou a esposa

Fez justiça com as mãos

Tornou-se vingativo

E para que ninguém esqueça

Sempre que possuía uma virgem

Arrancava a cabeça

Que destino mais triste

Não tem ninguém que mereça!

Sentindo-se injustiçado

Sem querer acreditar

No amor de uma mulher

Resolveu não mais amar

Quando ele se casava

A esposa mandava matar

A vida é um dom de Deus

Que nos prestigia

Com a força de viver

Com saúde e alegria

Nunca pensei que um rei

Esse dom desprezaria

Devemos ser feliz

Amar, rir um bocado

Não devemos ser sisudos

E nem ser desanimado

Devemos ser alegres

Animar quem está ao lado

O grão-vizir tentou de tudo

Que se possa imaginar

Trouxe até acrobata

Que fez piruetas no ar

Não conseguiu por um momento

Um sorriso arrancar

O grão-vizir pensava

Numa atração todo dia

Trouxe artistas, poeta

Recitando poesia

O Rei tão indiferente

Parece que não ouvia

Vieram também músicos

Com belas dançarinas

O Rei indiferente

Já torcendo as narinas

Mandava parar tudo

Acender as lamparinas

O Grão - vizir achava que o Rei

Deveria se casar

Era muito triste

A fama do Rei shariar

Sabendo do mau humor

Quem iria se candidatar?

Quando esse Sultão se aborrecia

Mandava cortar a língua

Que homem aborrecido

Incomoda como íngua

Desse jeito vai morrer só

Vai morrer à míngua

Sherazade era a filha

Do bondoso grão- vizir

Preocupada com seu pai

Resolveu intervir

Procurou um professor

Para algo sugerir

O professor aconselhou

A bela Sherazade

Utilize os seus dons

Você tem habilidade

Para convencer o Rei

Você tem potencialidade

Com seu encanto natural

E com toda a sua beleza

Foi tudo dom de Deus

Da divina natureza

Conte histórias para o Rei

Acabar com a aspereza

Sherazade ouviu os conselhos

Contou histórias, assim o fez

Sherazade agradou

O Rei disse volte outra vez

Contou a história diversas

Com astúcia e altivez

Sherazade era bonita

Encantadora e esperta

Deixava o Rei em suspense

Em estado de alerta

O Rei ficava curioso

Muito boa essa meta

O tempo foi passando

O homem ficou contente

O humor do Rei

Estava bem diferente

Sherazade viu que amor

O coração do Rei sente

E em mil e uma noites

Repletas de emoção

O Rei se entregou

E abriu seu coração

Sherazade o distraia

Desfazendo a maldição

O Rei por Sherazade

Nutria um belo sentimento

E em uma dessas noites

Propôs-lhe casamento

Ela disse sim, eu caso

Vou livrar-te do tormento

Meu nobre seu pedido

Eu não posso recusar

Eu prometo a cada dia

Uma história te contar

Sempre deixando em suspense

Pra você se encantar

Vou concluir a história

Sem pôr um ponto final

As histórias são contadas

E transformam o nosso astral

Não sei se você gostou

Eu achei sensacional

Sírlia Lima
Enviado por Sírlia Lima em 10/11/2011
Reeditado em 10/07/2017
Código do texto: T3327179
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