O imigrante

Veja as águas espumantes da Foz de Iguaçú

Veja os viajantes e seus baús

Como são grandes e pesados

E trazem histórias e legados

E memórias de um povo

Que quer um mundo melhor.

Todo povo que chega quer um mundo de prosperidade

Mas, ao passear pela cidade

Numa noite de sereno

A fofoqueira destila seu veneno

Pois tudo nela cheira vaidade.

Melhor se fosse brega e não briga

Pois esse povo se encarrega

De primar pela amizade.

Esse povo trás em si uma verdade

E também lealdade

O que o torna por aqui

Muito mais que uma nação estrangeira.

Pois a menina de pele trigueira

Que está à beira do fogão

Espera seu príncipe encantado

Que chegará montado

Num Alazão.

Esse povo que chega

Com os olhos cor-de-anil

Quer ajudar a construir

Esse país que se chama Brasil.