TRIBUTO A OURO PTRETO
       DO OESTE. RO.


Minha querida cidade,
Quero aqui descrever,
Falar de tuas belezas,
Dá-me orgulho e prazer,
Homenagem a minha terra,
O lindo canto de serra,
Maravilhas de se ver.

Falar de ti Ouro Preto,
É pra mim grande alegria,
Mostrar de tuas belezas,
Aos corações contagia,
De teus rios e florestas,
Que a natureza em festa,
Faz nascer a melodia.

Quero primeiro contar,
Um pouco de tua história,
Desse solo produtivo,
Valioso sem penhora,
Grande bacia leiteira,
E as lavouras cacaueiras,
Que te trouxe grande gloria.

Muito antes de existir,
A tal colonização,
Eras simples seringal,
Nesse imenso sertão,
Na saga do seringueiro,
Desbravador brasileiro,
Herói sem aclamação.

Conta-se em tua história,
Como teu nome surgiu,
Pra se chamar ouro preto,
Nesse sertão do Brasil,
Por Vicente Cavalcante,
Nordestino intolerante,
Que há muitos anos partiu.

Era ele o proprietário,
Desse grande seringal,
Por nome de ouro preto,
Produtor fenomenal,
O grande seringalista,
Na função de extrativista,
Deu-lhe esse nome atual.

Outra lenda que se conta,
Que o seu nome surgiu,
Por causa do solo roxo,
Que por aqui alguém viu,
Fica o dito por não dito,
Só sei que o município,
Esse nome assumiu.

Já na década de setenta,
A tal de reforma agrária,
Implantada pelo INCRA,
Em situações precárias,
Trouxe grande contingente,
De estados diferentes,
E colonizou essa área.

Foi um grande alvoroço,
Quando o projeto surgiu,
Apareceu tanta gente,
Que não sei de onde saiu,
Nessa oportunidade rara,
Os chamados paus-de-arara,
Vinham de todo o Brasil.

Foi grande a calamidade,
Vivida por aquela gente,
Chegavam sem estruturas,
Muitos deles sem parentes,
Em situações precárias,
Muitos pegavam malária,
Vindo a óbitos infelizmente.

Pelas mãos de Teixeirão,
Um grande governador,
Cunhado de Figueiredo,
Que aqui o empossou,
Trouxe infra estrutura,
Acabando a amargura,
De muito agricultor.

Trouxe pra cá a SEPLAC,
Já na pequena cidade,
Implementando um projeto,
Com grande prioridade,
Pra plantação cacaueira,
Sendo a lavoura primeira,
Que alavancou a cidade.

Pelo banco da Amazônia,
Dava-se crédito ao posseiro,
E a plantação de lavoura,
Ia de outubro a janeiro,
Nessas florestas lendárias,
Muitos morreram de malária,
Dessa época o pesadelo.

Chega à década de oitenta,
Rondônia passa a estado,
O progresso aqui chegava,
Algo por muitos esperado,
Com o asfalto e a energia,
Melhorando a economia,
Como seu maior legado.

No ano de oitenta e um,
A coisa veio mudar,
O ouro preto distrito,
Do grande Ji-Paraná,
Foi no dia dezesseis,
Em junho o mês seis,
Veio a se emancipar.

A cidade foi crescendo,
O progresso a alcançou,
E àquela pequena vila,
Hoje em bela se tornou,
Vive um progresso diário,
Graças à força de trabalho,
Do povo que aqui chegou.

Só temos a agradecer,
Ao povo mato-grossense,
Mineiros e capixabas,
Paulistas e cearenses,
Aos gaúchos e cuiabanos,
Nordestinos e goianos,
Que hoje são ouro-pretenses.

O nosso lindo ouro preto,
Caminha para o progresso,
Terra de mulheres bonitas,
E de caboclos espertos,
Quem não quer acreditar,
Venha aqui pra comprovar,
Nosso pequeno universo.

Venha fazer uma visita,
A praça da liberdade,
Um lugar aconchegante,
No centro dessa cidade,
O local dos festivais,
E dos tanques fluviais,
Lugar lindo de verdade.

Assim é nossa ouro preto,
Bem no centro do estado,
Cidade do pé da serra,
Morro da Embratel falado,
O lugar das ultras leves,
Belezas que subscreve,
A tudo que foi contado.

Cosme B Araujo.
10/03/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 10/03/2012
Reeditado em 06/04/2012
Código do texto: T3546831
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