Visitano u'a sabiazinha

Rose Tunala Bijin procê meu sabiá cantadô! Sardadi di ocê...

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Airam Ribeiro Um dia desses aí eu vô na premêra revuada fazê uns versos procê.Bjin

Rose Tunala Ocê podi fazê seu pousu aqui nu bamburzá, bem pertinhu da minha janela, du ladinhu dum riachinho di agua fresquinha!

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Airam Ribeiro pois minspéri.

No dia qui fui vê a sabiazinha

Airam Ribeiro (sabiá cantadô)

Um dia min avuei daqui

Pela zazas da imaginação

Quiria muito istar aí

E saí preces mundão

Bati azas nas arturas

Min sintí u’a criatura

Cum sodade doutro xão.

E fui eu vuano sozin

Cum ocê no pensamento

Num amô de pasarin

Tava eu no firmamento

Depois de dias vuano

No quintá fui min pôzano

Pra cabá o meu turmento.

E pozei nun banbuzá

Bem pertin du’a jinéla

E para min refrescá

Numa biquinha singela

Eu xeguei bem de ladin

Pra refrescá meu biquin

Na água fresquinha e bela.

No nin iscuitei teu canto

Era iguá os de outros dia

Quando cantava no recanto

Min dano muitia aligria

Nunca mais qui eu ti vi

E agora qui tava ali

Te incrontá é o qui quiria.

E do seu nin tu saiu

Eu fiquei maraviado

Pois derna o dia qui tu sumiu

Nunca mais tinha te oiádo

Qui sensação de amizade!

Era tanta filicidade

De vê ocê do meu lado.

Nossos biquin se proziô

Nóis tava mermo contente

Falemo dos antigo amô

Qui só ficô in nossa mente

E ali na gaia do bambuzá

Nóis tava a bicariá

Muito filiz sorridente.

Troquemo abraço de asa

Ali mermo no seu nin

Acunxegante sua casa

Cum xêro da fulô jasmin

E a noite intão foi xegano

Min dispidi e saí avuano

Pro firmamento sem fim.

Rose Tunala (sabiazinha)

Di repenti nu céu azu

Um passarim a vuar

Vei se acheganu nus bambu,

Era meu lindu sabiá.

Ispantô todus anus

Qui tava mermu a gritá.

Quase num creditei

Naquela doce visage,

Quanu da janela olhei

Aquela linda paisage

Di aligria inté chorei

Era ocê cheganu di viage.

I foi uma canturia

Pra matá a sardadi

Era tanta aligria

E tantas da novidade

I dinovu a nossa puisia

Tazenu a felicidade.

Venu seu biquim molhadu

Nas água du riberão

Curô us machucadu

Qui duia nu meu coração.

Nunca podi sê pecadu

U amô di um irmão.

Meu quiridu sabiá

Seu cantu mi faiz tão bem

Ocê num podi imaginá

Minha alma fica zen

Pareci qui tô a sonhá

I us anjus fala amém.

Eu tava aqui tristinha

Di nada tinha vontadi,

Mais ocê bateu as asinhas

Mi troxe felicidade

Sabe, sua sabiazinha

Li tem um amô di verdade.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 08/05/2012
Código do texto: T3656030
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