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Ao estilo popular, como popularíssimo foi Luiz Gonzaga, nossa simples homenagem ao Rei do Baião, no ensejo do seu centenário, este ano decorrido.


«REI» CENTENÁRIO




1. Nascido nordestinado,
Sempre de antenas acesas,
Não nego o meu telurismo
E do chão canto as belezas:
Do nosso Rei do Baião,
Vou realçar-lhe as proezas.

2. Vivo fosse o Luiz «Lua»,
Chamado o Rei do Baião,
Neste ano um centenário
Seria o bom Gonzagão,
Nordestino, lá de Exu,
Grande orgulho do sertão.

3. Foi um mago, na sanfona;
E a dele a mais firme e forte.
Sem qualquer contestação,
Reinou bem, do Sul ao Norte,
Com voz doce e cristalina,
E um nordestino, por sorte.

4. Eu amo os sons da viola,
Porém mais com voz chorada
De um cantador nordestino
Desta terra esturricada,
Filho da gleba sofrida
E fértil, quando invernada.

5. Em chovendo, no sertão,
Tem-se fartura, na certa.
O Nordeste ressequido
Todo se ri, pois desperta,
Põe nas leiras plantações
E a vida é menos deserta.

6. De igual, gosto de folguedos,
Tão nos sertões cultivados;
Das noites de São João
E, em paz, estimo os reisados.
Também do bumba meu boi,
Dos baiões e dos xaxados.

7. Quermesses, festas de igreja,
Um forró feito em latadas,
Já melhor sendo de palhas,
Com caboclas bem vingadas;
Umas com flor no cabelo,
Outras muito desdentadas.

8. Nordeste dos pastoris,
Cantigas muito dolentes,
Feiras nas cidadezinhas,
Vaquejadas, boas gentes,
A pé, descalças, n’estrada,
Na roça a plantar sementes.

9. Saudades do Gonzagão,
Cantador e tocador,
Como nenhum popular,
Foi morar lá onde for,
Deixando a sua sanfona
Muda e coberta de dor!

10. Vai viver Luiz Gonzaga
Pela voz e na memória
Das gentes simples, amém.
No Brasil, marcou história;
Com o coração de um menino,
no Além, vestiu-se de glória.

11. Amo, sim, sons de viola,
Também repiques do pinho,
Só que com bons desafios;
E, melhor do que bom vinho,
É só ouvir «Asa-branca»,
Do Gonzagão, com carinho.

12. Bom escutar «Assum preto».
Ai, que gostosa canção,
No gogó de um rei do povo,
O nosso Rei do Baião,
Que cala cantor bocó,
Pois do povo um campeão.

13. Rei do Baião centenário,
Por ti o sertão divaga.
Dos céus estás bem na sala,
E Deus, a te ouvir, Gonzaga,
Aos ais do teu vozeirão,
Que só tu ganhaste em paga.


Fort., 1º/07/2012.


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RECEBI E REGISTRO COM PRAZER OS
VERSOS DE MCANTARELLI, GENTILMENTE
APOSTOS AO NOSSO SIMPLES CORDEL.
OBRIGADO, UM ABRAÇO, GS.


" 02/07/2012 19:26 - mcantarelli [não
autenticado*]
 
Parabéns poeta por homenagear gonzagão
esse cabra da peste,
que elevou o Nordeste,
perante toda nação,
um abraço de um nordestino,
que aprendeu desde menino,
a valorizar a cultura do sertão! "


TAMBÉM COM IMENSA SATISFAÇÃO, QUERO
REGISTRAR OS VERSOS DA MINHA MADRINHA
RECANTISTA, A ILUSTRE CONTERRÂNEA E
POETISA FERNANDA XEREZ. OBRIGADO, MINA,
PELO CARINHO, UM ABRAÇO, GS.

" 10/07/2012 22:19 - Fernanda Xerez
 
Só mesmo o Luiz Gonzaga
Fazer-te abrir a zaga (rs)
Adentrarmos à tua salinha
E ler este honroso cordel
Mormente como madrinha,
A ti eu tiro o chapéu
E te dou minha bênção
No centenário do Gonzagão
Venho nesta escrivaninha
Aplaudir o Rei do Baião!!


*¨* A Paz do Senhor seja contigo. *¨* Beijooo "
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/07/2012
Reeditado em 11/07/2012
Código do texto: T3754417
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