Desafio de cordel

Eu sou a flor do cerrado,

a rainha do cordel,

o doce favo de mel.

a musa que inspira o fado.

Para rimar ao meu lado

tem que ter sabedoria.

Não vale descortesia,

deixe aqui sua mensagem...

QUERO VER QUEM TEM CORAGEM

DE ME ENFRENTAR NA POESIA!

Sou Iara, sou sereia,

Iemanjá do sertão,

a flor que brota do chão

o sangue que infla a veia,

sou a aranha na teia

a destilar sabedoria

nunca erro a pontaria

pra mandar minha mensagem

QUERO É VER QUEM TEM CORAGEM

DE ME ENFRENTAR NA POESIA!

Sou de ouro, sou guerreira

minha espada é a viola

pode vir a curriola

que enfrento de primeira

minha rima é verdadeira

Venha Henrique, Luiz,Lia,

Ceiça, Edmário , Maria,

Mas por favor, não viagem.

QUERO VER QUEM TEM CORAGEM

DE ME ENFRENTAR NA POESIA

Fazer poesia bonita

acredite quem quiser,

em Santa Cruz do Inharé,

o trono de Santa Rita,

aprendi leitura e escrita

sem nenhuma regalia,

burilei a simetria

com os anos de rodagem.

QUERO VER QUEM TEM CORAGEM

DE ME VENCER NA POESIA.

Hoje estou até metida

versejando na internet

minha poesia se mete

fica grande e atrevida

mas quem tem amor a vida

sabe a minha valentia,

sabe que sou sol de dia

de noite, só malandragem...

QUERO VER QUEM TEM CORAGEM

DE ME ENFRENTAR NA POESIA!

Nosso cordel enobrece

Qualquer um que o fizer.

Adoro quando a mulher

Vem por aqui e floresce

Seu verso flutua e cresce

Cheio de luz e alegria

Tem graça, tem galhardia

tem a força da mensagem

QUERO VER QUEM TEM CORAGEM

DE ME ENFRENTAR NA POESIA

Bonito é ver fantasia

feito semente e aragem

disseminando mensagem

e germinando alegria.

É ver aqui todo dia,

Versando só por prazer

poetas que vão viver

pra sempre em nossa lembrança

É um canteiro de esperança;

quem vence é nossa poesia!

Inspirado no poema"Quem sou eu" de Onildo Barbosa.

Sou cabra desconfiado

Feito preá de serrote

Sou perdido, sou achado,

De tudo eu sou um magote;

Sou grito de lavandeira,

Sou cururú de biqueira,

Sou promode, sou que nem,

Que nem tudo eu sou um pouco

Sou sertanejo, cabôco

Que nunca invejou ninguém.”

Estrofe extraída do poema “Quem sou eu”

Do Mestre Incomparável Onildo Barbosa!