SERÁ QUE ELA ME ENGANA?

Na borda da cama sentada.

Sumária roupa. Vestia quase nada,

Seio desnudo,

Expondo quase tudo,

Foi como se fez fotografada.

Vi a imagem divulgada,

Entre milhões de outros compartilhada

Em redes sociais multiplicada!

Eu me pergunto - a alma despedaçada -

E a jura de amor a mim endereçada,

Um sem fim de vezes pronunciada

Ao tempo em que a mim ti dizias doada?

Eras falsa, hipócrita, despudorada;

Juras, entregas libidinosas a mim...só de fachada?

Minha boa fé sempre foi enganada?

Vens agora expor-te ao mundo de forma escrachada,

A intimidade devassada

E eu, sem saber de nada?

Fui somente a digna fachada

De uma vida maculada?

Ou fui teu homem-objeto? AH, melhor que nada...

Pior. Não abro mão de ti, saf...ou melhor, danada,

Pois não esqueço da longuíssima jornada

De prazeres a mim proporcionada

Por teu corpo. Será que te deixaste ser retratada

Pensando em mim? Aguardarei vires melhor explicada.

Ah! que falta, até quando serás por mim esperada?

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 17/07/2012
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