TRAIÇÃO À QUEIMA ROUPA (para uma certa F..)

Não é assim que se faz,

Enganar um bom rapaz,

Alimentar louca paixão

E pagar com traição.

Foi tiro à queima-roupa,

Atingindo o alvo de surpresa,

Sem chance de defesa.

A uma decente vítima sempre se poupa.

Agora mesmo é que estou informado

Sobre o quanto fui enganado

Por tua cara de boa menina.

Hoje sei como eras ladina,

Alimentavas meu enorme amor

E me traías sem ter pudor.

Se como teu homem não me querias

Pelo menos deverias

Em tempo devido ter me avisado,

Diretamente ou por um recado.

Saber era meu direito

E nunca um privilégio.

Para mim teu enorme defeito

Foi me dispensar sem aviso prévio.

No caso aqui referido

Pelo muito que tenho sofrido,

Cabe a mim uma indenização.

Já que me é devida a compensação,

Vou propor e não é por impulso:

Pagando o que me é devido,

Relega um pouco esse marido

E me aceita como o urso!

Dessa forma terás reparado

O imenso mal que houveste causado

A este que sem ti, querida

Tornar-se-á um suicida.

Deste que abaixo se faz assinado:

UM ANÔNIMO ACOVARDADO

Alfredo Duarte de Alencar
Enviado por Alfredo Duarte de Alencar em 19/07/2012
Reeditado em 26/11/2015
Código do texto: T3786580
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