JOAQUIM BARBOSA, O HERÓI QUE O BRASIL NECESSITA!

Nascido em Paracatu

No Noroeste de Minas

Em uma família humilde

Joaquim Barbosa fascina

Pela coragem e ousadia

Inteligência sadia

Que ao povo anima.

O pai de Joaquim deixou

Sua mãe com oito filhos

Dona de casa bem simples

Que não usava espartilho

E educou todos eles

Não teve um nem aquele

Que saísse do seu trilho.

Aos dezesseis Joaquim

Começou a trabalhar

Faxinando um Tribunal

E não parou de estudar

Sempre em escola pública

Com sabedoria única

Batalhou pra se formar.

Durante esse período

Ajudava a família

Ao sair da faculdade

Resolveu seguir a trilha

Pós graduou-se em Mestrado

Sobre Direito do Estado

Que nem a todos humilha.

Conheceu ele então

A importância social

De desvendar a Justiça

Pra que o povo em geral

Pudesse enfim saber

Que a lei é pra proteger

Todos do abuso do mau.

Empresários e políticos

Abençoados com a sorte

Acostumados com a lei

Só protegendo os fortes

Da cegueira da Justiça

Que pro rico dá cobiça

E ao pobre pena-de-morte.

Não aceitou preconceito

Nem a discriminação

Por conta da circunstância

Da sua situação

Jovem negro e também pobre

Mas nem um pouco esnobe

Em busca da ascensão.

Pra ter reconhecimento

Pra concurso estudou

E foi logo aprovado

Como um Procurador

Da República brasileira

E não comeu pelas beiras

Nem homem vil se tornou.

Sua mãe lhe ensinou

O quanto a honra custa

E a importância da ética

Que muito homem embusta

Quando chegasse ao poder

Iria estabelecer

Uma tese bem mais justa.

Fez Doutorado também

Virou Doutor de verdade

Diferentes dos que aí

Expõem só vaidade

Fala mais quatro idiomas

E a ninguém ele embroma

Nem usa de falsidade.

Defende o aborto sim

E outras questões polêmicas

Não quer que a corrupção

Seja doença epidêmica

Nunca fará vista grossa

Não há quem com ele possa

Na esfera acadêmica.

A Ação Afirmativa

Defende com veemência

O Princípio da Igualdade

Pra ele é a grande decência

Fura-fila ele detona

Enfrenta cara turrona

Sem medo ou subserviência.

Um dia a Pátria mãe

Mais uma vez distraída

Acreditou nas estrelas

Em bondosas travestidas

E o povo mais uma vez

Da mentira foi freguês

E a Nação foi traída.

Criaram a Bolsa Família

No rastro da Bolsa Escola

Um tipo de cala-boca

Uma ajuda uma esmola

Esqueceram a igualdade

Com transparência e verdade

Formaram uma curriola.

Pra se manter no poder

Compraram parlamentares

Desviando do erário

Pra bancos particulares

Foi dinheiro na cueca

Pra cabeludo e careca

Distribuíram milhares.

Tem Juiz lewando whisky

Do antigo Presidente

Que criou o Mensalão

Mas que está bem ausente

Dos autos no Tribunal

E não irá passar mal

Sem atitude da gente.

Não teve barba ou charuto

Que pudesse desmentir

Todas estas falcatruas

Mas tentaram impedir

Um julgamento supremo

Pra não mostrar o veneno

Dos que querem se eximir.

Um já pediu demissão

Do seu cargo na Defesa

Outro insiste em apelar

Pra tribunais sem destreza

Tem quem não tá nem aí

E nem vai sair daqui

Por que não crê em surpresa.

Agora ficam dizendo

Que são todos inocentes

Foi só a arraia miúda

Que enganou nossa gente

Os mangangões do poder

Dizem de nada saber

E agem indiferentes.

Até choro com suplício

Ocorreu lá no Congresso

Carta aberta ao povo

Com desculpas em excesso

Mas pela primeira vez

Político vai pro xadrez

O Supremo faz sucesso.

Pois se eles são inocentes

Este Tribunal é louco

Mesmo sem provas nos autos

Do nosso povo faz pouco?

Não venham com essa conversa

A velha lógica perversa

De que ‘tavam dando o troco.

Mesmo assim Joaquim Barbosa

Não aceita a louvação

Atribui ao Tribunal

O mérito da condenação

Ele apenas relatou

Com as provas que encontrou

Nos autos desta Ação.

Que bom que todo o processo

Passou na televisão

Mostrando o destemor

Dos juízes de plantão

Mas nem a dor na coluna

Vai tirá-lo da tribuna

Em defesa da Nação.

Agora que é Presidente

Do Supremo Tribunal

Torço pra que outros juízes

Sigam o exemplo legal

Que a Justiça não seja rara

Mas um instrumento para

Transformação social.

Jotacê Freitas – Salvador – Bahia - 10/10/2012

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Cordel Jotacê Freitas
Enviado por Cordel Jotacê Freitas em 13/10/2012
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