COISAS DA VIDA.

Revendo o amor perdido,
Chora o tolo de saudade,
E tudo perde o sentido,
Ao louco na insanidade,
Tudo tem suas medidas,
Vivendo aqui nessa vida,
Não se esconde a verdade.

Vendo e revendo a história,
Ver-se um monte de relato,
Fica gravado na memória,
Os acontecimentos e fatos,
Mesmo que algum esqueça,
Muitos guardam na cabeça,
Como gravadores natos.

Rico só pensa em dinheiro,
Mas vive de mão fechada,
Esconde bem seu tempero,
E não desperdiça em nada,
Mas muitas vezes esquece,
Que tudo no mundo perece,
E tudo se perde na estrada.

Pobre reclama bonança,
Mas se esbalda em gastar,
Faz menção de esperança,
Deixando de se esmerar,
A necessidade lhe rodeia,
E quando a coisa está feia,
Corre e vai a Deus apelar.

O enfermo se acabrunha,
Perante a enfermidade,
Alguns escapa nas unhas,
Diante da adversidade,
Sonhos viram pesadelo,
Quando se usam cotovelos,
Falando sem necessidade.

O coração se baqueia,
Ao sofrer uma decepção,
O ser de ódio se recheia,
Perdidos na desilusão,
Melancolia é uma doença,
E nos trás de recompensa,
As mágoas do coração.

O sábio pondera a boca,
Mas o tolo só diz asneira,
As palavras que maldizem,
São águas na ribanceira,
O justo palavrão não xinga,
Sábio é quem refreia a íngua,
São palavras verdadeiras.

O que vive nesse mundo,
Não está livre de errar,
Pois o buraco é bem fundo,
Para todo o que se deixar,
Se amarrar pelos pecados,
Estando ao mal algemado,
Sem chances pra escapar.

Um canto a força renova,
Pra todo fraco e abatido,
Mas o forte é posto a prova,
E não se deixa ser vencido,
Labuta até a última hora,
E as suas forças revigora,
Na fonte do amor crescido.

Comemora o vencedor,
Chora triste o que perdeu,
Leva prêmio quem ganhou,
Pois a vitória lhes ofereceu,
O pior da briga é a dieta,
Derrota é perca na certa,
Deixa tudo quem morreu.

São verdades dessa vida,
E ninguém pode contestar,
Se a batalha está perdida,
Maior consolo é chorar,
Vive-se a luta constante,
Erra sempre o vacilante,
Mesmo sem querer errar.

O guloso nunca se farta,
Por está sempre com fome,
Muito aproveitou Marta,
Sentada aos pés do homem,
O que ouve o mandamento,
Se esquiva do sofrimento,
Enaltecendo o seu nome.

Todo o coração é mau,
Embora ninguém aceite,
Isso é de forma geral,
E não falta quem se queixe,
Pois enquanto houver vida,
Estão abertas as feridas,
A espinha está no peixe.

A fadiga a todos ataca,
Seja calmo ou estressado,
Diz-se que a carne é fraca,
Come cru todo apressado,
Zíper se rompe na braguilha,
Árvores racham na forquilha,
Presente é fruto do passado.

Escolhas são armadilhas,
Que enredam a nosso ser,
O medo está na serrilha,
E o corte é quem faz doer,
Brincar é coisa de menino,
Tem mais pressão cano fino,
Batalha quem quer vencer.

Cosme B Araujo
16/11/2012.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 16/11/2012
Reeditado em 19/11/2012
Código do texto: T3989829
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.