Contador de histórias

Contador de histórias

Conto o que sei com prazer.

Conto as estrelas do céu,

as moedas do chapéu...

O que vi acontecer,

gravei na minha memória:

as derrotas, as vitórias.

Contador, sou o primeiro,

porque quem não tem dinheiro,

vive pra contar histórias.

Conto o tempo, conto os dias,

conto segredos, mistérios,

conto tudo sem critérios;

conto a tristeza e a alegria

nas linhas da poesia.

Vivo a vida sem cautela,

olho o mundo, da janela.

Conto amor, conto a saudade,

o pecado, a santidade...

Só não conto o nome dela.

Conto o que sempre existiu,

o que nunca revelei.

Conto os sonhos que eu sonhei,

conto o que o povo não viu,

a flecha que me feriu.

Conto um viver de aparências,

suportando as consequências,

sempre apertando a fivela,

mas não conto o nome dela,

para evitar concorrências.

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 09/02/2013
Código do texto: T4131802
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.