ESSA TAL CORRUPÇÃO

Pensei ser coisa do passado

Essa maldita corrupção

Que era escondida na inflação

No dinheiro que perdia o valor

E ficava difícil de supor

O total que era desviado

Para o bolso do deputado

Do empreiteiro e senador.

Mas, não! Ela está de volta

Ou será que nunca foi embora

Essa coisa que não demora

Em consumir o dinheiro do povo

Que ontem e hoje de novo

Vê político subindo o valor

Comendo do bom e do melhor

Enquanto o pobre janta um ovo.

Todo político é ladrão?

Pensa que o povo não sabe

Que anda em jato da FAB

Que compra fazenda como pão?

E o pobre fica sem chão

Como agrado, para sua guarida

Jogam “minha casa, minha vida”

Mas para si mesmos, uma mansão.

E esse programa da bolsa?

Querem convencer ao pobre

Que o que existe de mais nobre

É viver sem precisar produzir?

E as gerações que estão por vir

Aprenderão tudo invertido

Que basta votar num tal partido

Para a terra toda florir?

A causa de ela estar mais forte

São as dezenas de ministérios

O desprezo pelo magistério

Pela educação que não educa

Que não exige treinar a cuca

Apenas que basta ser esperto

Eleger o pilantra certo

Que continue essa coisa maluca.

E quem está do lado de fora

Gritando contra essa coisa torpe

Está esperando que a urna da sorte

O ponha no lugar do ladrão

Para também roubar seu quinhão

Enriquecer, atingir impunidade

Porque a ameaça à liberdade

É coisa só pro povão.

O nosso Brasil tem jeito?

Podemos ser uma nação séria

Onde não exista miséria

Nem mentiras nem corrupção

Com Ordem, Progresso e União.

Onde a integridade não seja rara

Os gestores com vergonha na cara

E um pouco de espírito cristão?