UM SONHO DE CRIANÇA QUE VIROU REALIDADE
UM SONHO DE CRIANÇA QUE VIROU REALIDADE
Escrito por Roberto Ribeiro em:02 / 08 / 2013
Foi na minha adolescência
Que sonhava com futuro,
Eu queria trabalhar
Mas não estava seguro,
A esperança que tinha
Era só meu sonho puro.
Com treze a quatorze anos
Ingressei na construção,
Guiado pelo meu pai
Um homem sem instrução,
Mas um verdadeiro mestre
Que me deu a direção.
Fui moleque de recado
A servente de pedreiro,
Também fui pintor de obras
Falo aqui sem exagero,
Assentei muita cerâmica
Com fama de ladrilheiro.
Eletricista de obras
E também encanador,
Mas não era o que queria
Pois eu era um sonhador,
Queria dar voos mais altos
E chegar a professor.
Com meus vinte e oito anos
O momento era chegado,
Uma porta se abriu
E fui logo convidado,
Pra ensinar meus ofícios
Como antes foi falado.
Tornei-me um professor
Na área de encanação,
Ensinando este ofício
Do ramo da construção,
Me destaquei com sucesso
Nessa nova profissão.
Foi na década de oitenta
O ano oitenta e três,
Ingressei no Centro Móvel
Na minha primeira vez,
Encontrei “Aureliano”
Amigo que conquistei.
“Evandi” foi o gerente
Com título de diretor,
Junto com “Stenio Lopes”
Foi o grande criador,
Dessa instituição
Que pra mim tem o valor.
“Dona Guia” a secretária
E depois chegou ”Rosita”,
Veio o “Afonso Pascoa”l
Pra ajudar na escrita,
Uma miniequipe técnica
Que se tornou favorita.
O quadro de professores
Eu aqui me lembro bem,
“Arnaldo” o populoso
Mas qualidades ele tem!
Mecânico de geladeira
Pois consertou mais de cem.
"Felipe Vieira Neto”
Foi professor de Elétrica,
“Valdemar” foi da mecânica
Dominava a sua técnica,
“Anselmo” meu grande amigo
Dominava a solda elétrica.
“Andrade” foi outro amigo
Que encontrei no recinto,
Foi um grande serralheiro
Falo sério, pois não minto!
“Menezes” o marceneiro
Que atuou com afinco.
Foi professor da mecânica
O professor “Juarez”,
Em automóvel foi fera
Isso confirmo a vocês,
“Luizão” foi motorista
Muitas viagens ele fez.
“Maurício”, o velho gago
Também foi eletricista,
“Zé Batista” foi mecânica
Da área automobilista,
“Petrônio” de padaria
Tenho que botar na lista.
“Djair” foi de calçado
Esse eu conheço bem,
“Carmelita” foi da costura
Muita saudade se tem,
Não esquecendo “Edite”
Foi da costura também.
Foram esses os companheiros
Que encontrei no SENAI,
No ano oitenta e três
Tempo que não volta mais,
Sinto saudade bastante
Por que alguns daqui jaz.
Andrade e Carmelita
Que nos deixou dessa terra,
O querido Juarez
Sua cortina descerra.
O nosso negrinho Anselmo
Venceu aqui sua guerra.
A sede do Centro Móvel
Era no SENAI da Prata.
Na rua, Nilo Peçanha.
O endereço de cartas,
Era uma equipe pequena
Mas amizade era farta.
“Osmando” colaborava
Morava em Santa Luzia,
Rapaz bem conversador
Só a notícia trazia,
Ajudou-me como pode
Esse eu não esqueceria.
Encerrando esse meu texto
Não poderia esquecer!
O querido “Agamenon”
O seu ramo eu vou dizer,
Foi professor de mecânica
De automóvel podes crer.
Se esqueci de alguém
Peço aqui meu perdão,
Trinta anos se passaram
Não é pouco tempo não,
Agradeço aos companheiros
Do fundo do meu coração.