A Seca & O Sertanjo

A seca nordestina

É fruto da inoperância dos governantes

Eles não dão a mínima pra esse povo sofrido

Mais, esse povo aguerrido!

Que vive à míngua com tanta estiagem

Sem nem feijão já que não fizeram armazenagem

Então, logragrando dos políticos apenas pabulagem

Êta raça interesseira! Só pensam nas maleditas eleições!

Debocham do sertanejo

Sem pudor, nem pejo

Gentália, sem nenhuma consideração!

Ó, seca medonha!

Água somente sendo milagre

O sertenejo, na labuta, coitado com cara de bagre

Não arreda pé dessa situação estranha

E, no São João, ainda fazem pamonha

Gastronomia da matuta cozinha

Não há quem não repita

Ainda leva outras tantas pro café da manhã

Primeiríssima iguaria feita por essa gente cristã

Que não desarreda de sua desdita.

A fome e a sede do sertanejo

Não serão aplacadas com discursos disgastantes

Menos ainda, com carismas de governantes

É necessário mais que tais desejos

Candidaturas, reeleições, todos esses cortejos

Rituais de chuva apenas são festejos

Lambança de políticos

De tanta coisa supérflua

Que enoja e engulha

Com tanta bazófia só deixa o sertanejo patético.

Lourdes Limeira
Enviado por Lourdes Limeira em 14/08/2013
Reeditado em 17/08/2013
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