O Fruto e A Semente - o último cordel

Encerro a primeira parte

Disso que me faz contente

Eu escrevo por que gosto

Ensino como repente

Rimando a Morfologia

Com meu verso e cantoria

Pelo Fruto e a Semente.

O Fruto

O fruto tem sua origem

Da fecundação do ovário

A semente segue o passo

Sendo óvulo originário

Compõe o ensinamento

Do momento embrionário.

Das paredes do ovário

Formarão o Pericarpo

E sua parte mais externa

Nomeamos Epicarpo

No meio e mais interna

Mesocarpo e Endocarpo.

Uma, duas, ou várias sementes

Os frutos podem conter

Monospérmicos, Dispérmicos

Nós podemos perceber

E também com Polispérmicos

É difícil de esquecer.

Frutos secos ou carnosos

Referem à consistência

E quanto à sua abertura

Referimos à deiscência

Os frutos que não se abrem

Expressam a indeiscência.

Ao número de carpelos:

Um carpelo – monocárpico;

Com carpelos separados

É chamado apocárpico;

E com carpelos unidos

Temos o fruto sincárpico.

Quanto ao número de ovários

Também são classificados

Quando só resultam de um

Por simples são nomeados

Quando em flores apocárpicas

Múltiplos ou agregados.

Tem os chamados compostos

Ou também infrutescências

Pois os ovários das flores

Dispõem-se em concrescência

Temos assim as bromélias

Que formam inflorescências.

Complexos ou pseudofrutos

Resultam de uma só flor

E as indúvias florais

Vêm cada fruto compor

São caju, pera e maçã

Que enriquecem com sua cor.

Agora os partenocárpicos

Que não há fecundação

Os frutos se desenvolvem

Logo após a floração

São Laranja-da-Bahia

E banana na lição.

FRUTOS CARNOSOS

Com pericarpo carnoso

De grande variação

Contendo muitas sementes

Aumentando a produção

É a difundida baga

Que começo a narração.

Em sequência vem o pomo

E seu gosto saboroso

Vindo de um ovário ínfero

Receptáculo carnoso

Pericarpo coriáceo

Deixa a gente duvidoso.

Com glândulas oleíferas

Coriáceo epicarpo

Com tricomas suculentos

Membranáceo endocarpo

O hesperídio das cítricas

Esponjoso mesocarpo.

Com apenas um pirênio

A drupa classificamos

Como exemplo a azeitona

Que sempre recomendamos

Ainda tem nuculânio

E com utrículo fechamos.

FRUTOS SECOS DEISCENTES

Cápsula pouco deiscente

Septo interno desprovido

Assim chamamos cerácio

Que é pouco conhecido

Mas por outro lado a síliqua

Que tem o replum comprido.

Sementes saem por poros

É cápsula poricida

E abrindo entre os carpelos

É cápsula septicida

Pela parede do septo

Cápsula loculicida.

Temos também o pixídio

Que se abre transversalmente

Separando uma tampa

Deixa o fruto diferente

E septífraga ‘bertura

Na placenta e soldadura

Que é simultaneamente.

O conceito do folículo

É um monocarpelar

Abrindo na soldadura

O conceito de legume

Porém monocarpelar

Também abre na soldadura.

FRUTOS SECOS INDEISCENTES

Começamos pelo aquênio

Ovário unilocular

Semente fixa num ponto

Não tem como se enganar

Seguimos com cariopse

Das gramíneas recordar.

O lomento é segmentado

Numa forma transversal

E sâmara e samarídeo

São dois frutos sem igual

Pois desenvolvem suas asas

E planam pelo quintal.

A Semente

Após a fecundação

Óvulo é desenvolvido

Contudo o embrião

Que pode ou não ser nutrido

Envolto do tegumento

Ficando assim protegido.

E a semente compõe-se

De amêndoa e tegumentos

Como embrião e reserva

Sempre em todos os momentos

Tégmen e testa protegem

Todo desenvolvimento.

A testa se caracteriza

Mais externa da semente

Contendo rugosidades

Também pêlos normalmente

Tem como propriedade

Ser espessa e resistente.

Mais interna e mais delgada

Envolvendo o embrião

O tégmen é uma película

Que serve pra proteção

Bem como injúrias mecânicas

E também dessecação.

Temos outros tegumentos

Chamados suplementares

O arilo é excrescência

Que tem fins alimentares

E também temos a carúncula

De curtos “dimensionares”.

A amêndoa compreende

De endosperma e embrião

A formação do endosperma

É após dupla fecundação

A oosfera fecundada

Origina o embrião.

A dispersão de sementes

Pode ser antropocórica

Quando feita pelo homem

Pode ser zoocórica

Como também por si própria

E bem como barocórica.

Por fim a germinação

A planta vem a crescer

Pode ser do tipo epígea

Cotilédone ascender

Como também a hipógea

Quando no solo manter-se

E uni minhas paixões

Botânica e o Cordel

Espero ter parecido

Um Professor-menestrel

Divulgar esta mensagem

Foi cumprir o meu papel.

Boa Vista, 20 de agosto de 2013.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 20/08/2013
Reeditado em 20/08/2013
Código do texto: T4442667
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