Nosso cachorro Peteleco

"In nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti"

Vou contar do meu cachorro

Que foi um grande amigão

Bem fiel e companheiro

Tão gentil e valentão

Era muito carinhoso

E com um belo coração.

O Peteleco nasceu

Não sei bem como explicar

Dizem que ele apareceu

Na matilha de danar

Seu destino sucedeu

Para ser dono do lar.

E Fernanda o conheceu

Quando uma casa comprou

Peteleco estava lá

E ela logo adotou

Bem ele a acolheu

E o amor começou.

Logo foram companheiros

E surgiu a amizade

Do guardião e a dona

E também fraternidade

A mãe e o seu filhote

Amor e felicidade.

Nos momentos mais difíceis

Viveram alegrias

Espantaram solidões

Com as tão fortes companhias

A tristeza não cabia

Nem tão pouco as agonias.

Depois veio o Pingüim

Cachorrinho tão danado

Porém muito queridinho

E também muito engraçado

E junto com Peteleco

Deixavam tudo animado.

Peteleco mais Pingüim

Tiveram as aventuras

Nas ruas do Caçari

Aprontavam diabruras

Era tamanha zoada

Que abalava as estruturas.

Corriam para todo lado

Sem ter um destino certo

Quem conhecia esses dois

Não queria chegar perto

Eram tantas confusões

Que parecia tudo incerto.

Um dia ele apareceu

Com seu olho machucado

Estava com muito inchaço

Que me deixou preocupado

Chamei Dra. Rita

Tudo foi solucionado.

No quintal era bagunça

Fuzuê desmantelado

E tinha tantos buracos

Com tudo desarrumado

Mais cocô pra todo canto

Tudo desorganizado.

Porém um dia Peteleco

Começou mostrar tristeza

E ficava bem quietinho

Sem mostrar sua braveza

Foi também emagrecendo

Não nos dando mais firmeza.

A raça do valentão

Tornou-se mansidade

E seu sorriso bonito

Foi perdendo sua vontade

Seu latido e seu abraço

Agora guardo saudade.

Conheci o Peteleco

Numa noite iluminada

Ele bravo e ciumento

Pela minha namorada

Mas logo fiz amizade

E ganhei um camarada.

Ele me deu sua patinha

E o chamei de filhão

Nos recebia todo dia

Quando abria o portão

O sentinela da entrada

Era assim o nosso cão.

Mas um dia ele se foi

Uma tristeza sem igual

O enterramos no meio

Do seu querido quintal

E sussurrei em latim

Pois tinha que ser assim

Com o meu cão super legal.

E aqui nesta sua casa

Ele permanecerá

Guardando o seu jardim

Como também do seu lar

Agora o faço mascote

Da cultura popular.

Assim fica registrado

Um pouco do nosso cão

Na poesia de Roraima

Escrita neste borrão

Fecho assim este cordel

E desenho no papel

Peteleco Queridão!

Boa Vista do Rio Branco - RR, 19 de novembro de 2013.

Dia do Cordelista.

Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira
Enviado por Rodrigo Leonardo Costa de Oliveira em 19/11/2013
Reeditado em 19/11/2013
Código do texto: T4577839
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