Vida e Morte Manuel Bandeira
O homem do qual vou falar
É homem de muito apreço
Com Dez anos de idade
Já fez seu primeiro verso
Nasceu aqui em Recife
Mas teve que viajar
Quatro anos de idade
Foi em petrópolis morar
Mas como diz o ditado:
Um bom filho a casa torna
Dois anos depois da partida
Ao Recife ele Retorna
Ficou aqui por dois anos
Na casa de seu avô
Mas por ordem do destino
Mais uma vez viajou
Desta vez para São Paulo
Onde na estrada de ferro trabalhou
E na escola politécnica
Ele também estudou
Por incentivo do pai
Para arquiteto estudou
Mas por causa de um doença
Os estudos abandonou
Passou a vida doente
Na Suíça se tratou
Mas o sonho de ser poeta
Ele nunca abandonou
Em 1917
Seu Primeiro livro publicou
Numa edição de 200 exemplares
Custeada pelo autor
A Cinza das Horas foi o nome
Do primeiro livro seu
Também teve Carnaval
E O Rítmo Dissoluto escreveu
Teve muito Desencanto
Mais nada o fez desanimar
Deixou para os Namorados
Escrito a Arte de Amar
E na Paisagem Noturna
Pensando em seus valores
Sentado a Velha chácara
Fez Oração para Aviadores
Morou em tantos lugares
Até fora do Brasil
Até que chegou o dia
Que para sempre partiu
Que Tragédia Brasileira
Uma dor maior não existe
Até mesmo a Andorinha
Agora canta mais triste
Em 1968
No Hospital Samaritano
No dia 13 de outubro
Morreu aos 82 anos
Foi-se embora pre Passárgada
Teve morte absoluta
Mas deixou o Exemplo das Rosas
Para aquele que o amor busca
Com seu Coração Belo Belo
Só ele pode fazer
Versos escritos n'água
E agora todos vão saber
Não tô com Libertinagem
Não tô falando besteira
O homem do qual to falando
É estrela da vida inteira
É claro que estou falando
Do Poeta Manuel Bandeira