PROSA DE CUMPADRE
Meu compadre te ajeite
Tome vergonha nas fuça
Se não a coisa fica russa
Pois a cana que tu bebe
Tá tanta que não se mede
Nem mermo com umas cem braça
Dormindo no meio da praça
E todo mundo tá dizendo
Que tu no álcool tá parecendo
Aquelas cobra de farmácia
No rojão que compadre vai
Engenho algum dá vencimento
Se a pitu tivesse tento
Te faziam de mascote
Tais acabado feito um caçote
Cruzando com um gambá
Do jeito que cumpadre tá
Nesse rojão da caninana
Só falta andar tomando cana
Dentro daqueles bornar
O outro saiu em sua defesa
- A coisa num é assim
Tão falando mal de mim
E do meu mero passa tempo
Sem beber eu me aguento
Tempo que num aguentaria
Cachaça num me vicia
E ao cumpadre eu sou sincero
Só bebu no dia que quero
Mas quero beber todo dia
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