PROSA DE CUMPADRE

Meu compadre te ajeite

Tome vergonha nas fuça

Se não a coisa fica russa

Pois a cana que tu bebe

Tá tanta que não se mede

Nem mermo com umas cem braça

Dormindo no meio da praça

E todo mundo tá dizendo

Que tu no álcool tá parecendo

Aquelas cobra de farmácia

No rojão que compadre vai

Engenho algum dá vencimento

Se a pitu tivesse tento

Te faziam de mascote

Tais acabado feito um caçote

Cruzando com um gambá

Do jeito que cumpadre tá

Nesse rojão da caninana

Só falta andar tomando cana

Dentro daqueles bornar

O outro saiu em sua defesa

- A coisa num é assim

Tão falando mal de mim

E do meu mero passa tempo

Sem beber eu me aguento

Tempo que num aguentaria

Cachaça num me vicia

E ao cumpadre eu sou sincero

Só bebu no dia que quero

Mas quero beber todo dia

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Jefferson Desouza (CORDEL)
Enviado por Jefferson Desouza (CORDEL) em 25/03/2014
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