* NOSSA TIA

Na cidade de Belém, capital do meu Pará

nasceu em família humilde, predestinada a brilhar

quase ainda era neném, já sabia sapatear

a Shirley Temple aqui do Norte

da sua vida fez ciranda

essa mulher de pulso forte

Elbe Lima de Holanda

Logo cedo, tomou gosto, por desenho e por pintura

no semblante de seu rosto, a arte já lhe figura

com seus pais de criação, Francisco e Graziela

tomou gosto por canção, essa pequena donzela

enriqueceu sua cultura

fez show com Carmen Miranda

e agora, quem segura

a menina Elbe de Holanda?

No circo de Pai Chico, montou Cia. Teatral

casou-se com Wildemar, formando belo casal

desse amor vieram os filhos, foram seis, os filhos seus

Rosângela, a primogênita, foi cedo morar com Deus

mas amor como esse é forte

e sendo forte, não desanda

vence a dor e vence a morte

a mulher Elbe de Holanda

Veio então, Eliomar, Elma e Guadalupe

as "mulé" que me desculpe, mas também teve um varão

depois de Antônio, vem Rosana,

e assim, com muita gana

segue o casal com alegria

vencendo toda a demanda

com arte e harmonia

a artista Elbe de Holanda

Ganhou a Televisão, no programa do Chacrinha

mas perdeu seu companheiro, era grande a dor que tinha

ganhava a vida no salão, mas a arte, seu amor

criou então, o Grupo de Arte da Ilha do Governador

e a peça chamada "Feia", ficou danada de bonita

e hoje, no céu habita, com Rosângela e Wildemar

nos deixou esse legado, sua arte bela e branda

e na minha arte de poetizar,

venho humilde, homenagear

a Tia Elbe de Holanda

* homenagem a Elbe Lima de Holanda - in memoriam (1927-2001)

Adriano Soares
Enviado por Adriano Soares em 10/06/2014
Reeditado em 01/06/2017
Código do texto: T4839844
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