A TEMPESTADE ACALMADA

Depois de um dia puxado

De maratona de curas

O jovem de Nazaré

Cansado nas estruturas

Só queria encontrar,

Um lugarzín pra deitar,

E organizar as idéia.

Encontrou o seu conforto

Antracado bem num porto

No mar, lá na Galiléia.

Chegando à beira-mar

Estava muito enfadado

Só queria descansar

E ficar bem sossegado.

Mas ainda não podia

Muita gente lhe seguia

Com aquela devoção

Pra mode não fazer feio,

Com calma, sem aperreio

Dava-lhes muita atenção.

De repente ele mandou

A um de seus ajudantes

Que preparasse o barco

Pra dali alguns instantes

Fazer então um traslado:

Atravessar pr’outro lado

Para puder descansar.

Terminada a falação

Despediu a multidão,

Qu’ainda estava por lá.

Como muita agilidade

Atenderam seu pedido.

Desancoraram o barco

Que estava estarrecido.

Desamarram o timão,

Entraram na embarcação

E todos dali partiram.

Ao sair daquele cais

A multidão e os demais

Pescadores o seguiram.

E remando em alto mar

Só se ouvia o piu do grilo

Jesus Cristo a descansar

Lá na popa bem tranqüilo.

Tava mermo uma calmaria.

Alguns discípulos dormia

Aproveitando a bonança.

Tava muito sossegado

Pois, Jesus ali do lado

Passava-lhes confiança.

De repente da calmaria

um vento lhes acometeu

e uma grande tempestade

ali também se assucedeu

deixando-lhes apavorados.

E muito atarantados

butaram para gritar.

acabou-se a calmaria

foi aquela agonia

daqueles homens do mar.

À medida que a tempestade

no alto mar se estendia

as ondas e o vento forte

a embarcarção cobria.

causando assim alvoroço

nos póbe daqueles moço

que com muita assombração

temiam a sua sorte

tavam à bêra da morte

naquela embarcação.

E tomados de temor

com os olhos aboticado

se aproximaram do mestre

que sainda tava deitado

fingindo-se que dormia,

ouvindo a gritaria

e Bartolomeu falar

se mijando de temor:

- Não te importas, senhor

de ver a gente afundar.

ouvindo isto se sentou

viu aquele dermatelo:

as ondas afundano a mar

e molhando seu cabelo,

Mesmo assim não ligou.

depois ele se levantou

e foi ficando de pé.

olhano pra cada um

disse no mêi do zum zum zum

-Êta cabra de poca fé!

até quando estarei

cm vocês, meus amigo?

ressalvou Jesus Cristo

acalmando o perigo.

com imensa mansidão

foi levantano a mão

pra tempestade falou:

- Cala-te, te ordeno, agora!

e assim na mesma hora

o vento se acalmou.

e todo mundo vendo

o caso assim resolvido

ficaram admirados

todos de quêxo caído.

os discipulos interrogavam,

as pessoas o observavam

como fizesse uma prece

diziam abilolado:

- quem é este abençoado

que até o vento obedece?

acalmada a tempestade

Jesus volta a descansar.

todo o povo persplexo

com a gôta a conversar:

- passamos anos a fio

navegando, mar a rio

enfrentado essa lida.

isso aí que aconteceu,

ninguém, adirá eu

nunca vi em toda vida.

e acalmado todo mundo

a viagem continuou

e aquela calmaria

novamente ali reinou.

voltando asssim a bonança

redobraram a confiança,

aumentou a sua fé.

e naquele desatino

viram que seu destino

era Jesus de Nazaré.

Quipapá- PE, 05 de junho de 2014