UMA IDA AO BIG BANG

VIAGEM EM PENSAMENTO PELO COSMO

01 Discorrendo em pensamentos,

Nos abismos da imensidão,

Faremos uma viagem cósmica,

Pra uma investigação

Da teoria do existir,

No espaço em questão!

02 A forma de pensamento,

Empregado na viagem

Deverá estar ligado,

Ao nosso corpo e imagem,

Que é esta existência,

De uma bela paragem!

03 Porém o nosso pensar,

Irá receber com gosto

O vislumbre do mistério,

Que no cosmo esta disposto

Onde a terra translada,

Sem poder deixar seu posto!

04 Assim subimos ao espaço,

Já vendo a Lua num canto

E passamos perto dela,

A vendo cheia de encanto

E que sua face oculta,

Tem de beleza outro tanto!

05 Aproximamo-nos de Marte,

Com fulgor avermelhado

Fazendo parada em Febo,

Uma das luas a seu lado

Após descansar seguimos,

Para um salto arrojado

06 Deixamos Marte pra trás,

Que logo desaparece

Em nosso avanço pra Júpiter,

A velocidade cresce

Nas vias do pensamento,

O tempo não obedece!

07 Já vemos Júpiter e Saturno,

Na Terra mui conhecidos

Também Urano e Netuno,

Onde aguçamos os sentidos

Para avistar Plutão,

Que parece estar perdido!

08 Nele nos *aplanetamos,

Para melhor conhecer

Pois tudo que soubemos dele

Pouco fomos aprender

E do o sistema solar,

Tiraram dele o poder!

09 Não ligamos para o tempo

Com pesquisa no planeta

Queremos conhecê-lo bem,

Sob a mira da luneta,

Pois tem grandes elevações,

Cujas sombras ficam pretas!

10 Após fazer descobertas,

Nesse mundo tão distante,

Chegamos a uma conclusão,

O quanto a vida é importante,

E Deus criou tudo isto,

Com seu poder dominante!

11 Vamos avançar agora,

Rumo ao espaço profundo

Penetrando no Universo,

Pra saber se existe mundo

Semelhante à nossa Terra

Onde temos nosso fundo.

12 Nas raias desse sistema,

Onde o sol tem seu reinado

Avançamos pelo cosmo,

Sendo de Deus um mandado

Vemos cometas errantes,

Fazendo os seus translados!

13 Cremos que já estamos,

Em espaço exterior,

Pois a atração do sol,

Não age neste setor,

Nosso avanço continua,

Sem nada a nos opor!

14 Nosso pensamento imprime,

Velocidade anormal

Atravessamos num segundo,

Um trilhão no sideral

E vemos admirado,

A imensidão abismal!

15 No momento avistamos,

Da Ursa a constelação,

Mais além, no Universo,

O brilho do Escorpião

E Antares, sua alfa,

Com seu vermelho clarão!

16 Verificamos em redor,

Se há planetas com vida

Porém não vemos nenhum,

Compondo sua partida,

Só vemos mesmo a estrela,

Bilhões de anos na lida!

17 Pra não dizer que não vimos,

Nada em torno a circular

Percebemos um belo cometa,

Com sua cauda angular,

Certamente à Antares,

Ele está a orbitar!

18 Nada vendo de importante,

Seguimos em linha reta

Passando perto da estrela,

Que do escorpião é a Beta

E no espaço profundo,

Nossa velocidade aperta.

19 Nebulosas atravessamos,

Com menor velocidade

Para melhor conhecer,

Os gases dessas beldades,

Que enfeitam o Universo,

Com suas tênues claridades

20 Vemos agora uma galáxia,

Que pelo clarão que faz

Deve ser a tão falada,

Corrente de São Tomás

Vamos ela visitar,

Pra conhecê-la veráz!

21 Em menos de dez minutos,

Muito já visualizamos

Desde que saímos da terra,

No espaço deslizamos,

Mas agora é que começa

A emoção que esperamos!

22 O futuro e o passado,

No presente há embalo

Vemos a determinante,

No infinito megalo

O tempo foi na barreira,

Separado por um valo!

23 Nesse preciso instante,

Pesamos o pensamento,

Voltamos mil anos atrás,

Nesse mesmo firmamento,

Sendo por fora não visto,

Mas vivendo tal momento!

24 Já estamos compreendendo,

O Universo total

Parece um filme montado,

Como um sistema global

Que marca só o instante,

De um sistema real!

25 Oh! Que magnitude!

Tão enorme construção!

O tempo fica no espaço,

Formado de imensidão!

As estrelas componentes,

Tiram dele a escuridão!

26 Nosso pensar é um composto,

Abstrato desta glória

Deus construiu tudo isto,

E guardou dele a história,

Do passado e do futuro,

Ele sabe a trajetória!

27 No momento nós estamos

O cosmo a admirar,

A cem bilhões de anos luz,

De um planeta singular

A nossa querida Terra,

Onde estamos a habitar!

28 Continuamos a viagem,

Ao profundo Universo

Precisamos descobrir algo,

Que venha explicar em verso,

Por que há a Terra no espaço,

E por que tudo é diverso!

29 Vemos agora á frente,

Da Virgem a constelação,

Notamos algo interessante,

Que nos chama a atenção,

São estrelas que se entrelaçam,

Num grande aluvião!

30 Para saber o que há,

Além da tal região

Elevamos a energia,

Ao pensamento em questão,

Quando vemos uma barreira,

Num anel de escuridão!

31 Percebemos sem ter dúvida,

Que há escura matéria

Nunca vimos nada igual,

Seja em qualquer artéria

É a negridão do espaço,

É circundando sua esfera

32 Investigamos o fato,

E chegamos a conclusão

De um estudo que eu fizemos,

Sobre tal composição

Nosso universo e cercado,

Com ant-matéria, um murão!

33 Mas então o Universo,

Nesse ponto aqui termina?

As estrelas são sugadas,

Terminando suas sinas

Tudo se transforma em nada,

A ant-massa elimina!

34 Ninguém jamais entendeu,

Esse Universo de Deus

Será que além da ant-matéria,

Há amplos domínios Seus?

Sob suas leis sagradas,

Reveladas em Hebreus!

35 Fizemos uma ideia,

Que a grande constelação,

Está sendo sugada,

Pra terminar seu clarão,

Tudo vai escurecer,

Pela grande absorção!

36 Qualquer corpo concreto,

Ali não pode passar,

Ao contato com as ant-massas,

Fica vago seu lugar,

Pelo que vemos, o Universo,

Vai em nada terminar!

37 Iniciamos um giro,

No planisfério global,

E vemos que todo o cosmo,

Vai ter destino final

Pois todo ele é cercado,

De energia escura fatal!

38 Agora um pouco sabemos

Que as estrelas conhecidas

Terminarão no espaço,

Quando forem absorvidas

Porém a mente humana,

Continuará tendo vidas!

39 Meditando nessa trama,

Precisamos ir mais além

Fazer novas descobertas,

E razão que isso vem

Meditando, pois em Deus,

Vamos passado aquém!

40 Num vôo de pensamento,

Por entre os sóis e seus mundos

Num retrocesso no tempo,

Vamos descer no profundo,

Voltando milhões de anos no cosmo,

No Big Bang do mundo.

41 Dentro do tempo presente,

Vamos o espaço singrando

Mas ainda vemos estrelas,

Perpetuamente brilhando

Pois são nossas conhecidas,

Desde a Terra onde moramos!

42 Voltando sempre ao passado,

No espaço e tempo e vão

Vemos estrelas nascendo,

No início da criação

Há trinta bilhões de anos,

Por uma grande explosão!

43 Vemos com interesse,

A aurora fundamental

Deus criando a matéria,

Com poder fenomenal

Separando-a de Seus domínios,

Pra formar o sideral!

44 Num assunto displicente,

Com Deus entramos em questão,

-Senhor diga-nos:

Por que essa construção?

Este imenso universo,

E só a Terra pra habitação!

45-Com amável atenção

Nos responde o Criador

-Em meu reino sempterno,

Sempre só houve o amor

Porém anjos revoltados,

Quiseram isso depor!

46 Antes desses fundamentos,

Que parece natural

Tudo era um paraíso,

Sem limites nem final,

Mas pra não vê-los em trevas,

Formei este espacial.

46 Vocês e os demais seres,

De energia mental,

Faziam parte do meu,

Complexo celestial

Mas o anjo Lucifer

Vos colocou nesse mal!

47 Destronar-me quis tal ser,

E para isso vos convidou,

Por vossas fraquezas todos,

Com ele se coligou,

Porém vocês se enganaram,

E nisto, pois resultou.

48 Criei um lago de fogo

E os lancei para além

A queimarem eternamente,

Pois rejeitaram o bem

Ali iriam pagar penas,

Eternamente, porém...

49 Meu olhar de misericórdia,

Viu ali o sofrimento

Dos seres que antes eu tinha,

Neles contentamento

Então resolvi criar,

Este grande firmamento,

50 Das almas que lá no fogo,

Eterna pena pagavam

Vim oferecer um meio,

Pra ver se pra mim voltavam,

Desde que me obedecessem,

Meu poder as perdoavam!

51 E isto que estais vendo,

Só a vocês revelei,

Pois fizeram esta viagem

E dela me agradei,

Mas vos ordeno agora,

Propaguem o que lhes falei!

52 Vou dar-lhes poderes tantos,

De agir em pensamento,

Mesmo além da ant-matéria,

Dentro do firmamento

Podem ir onde quiserem,

Nesse ou em outro tempo!

* * *

53 Diante da atenção,

Nos dada pelo Senhor

Ficamos agradecidos,

pelas palavras a dispor,

Pois não é sempre que Deus,

Fala com alguém sem valor!

54 -Oh! Deus, ficamos contentes,

Pela Vossa atenção

E por ter nos revelado,

O mistério da Criação,

Que deu a todo o princípio

Um meio pra evolução!

55 Agora vemos, ó Senhor,

O fundamento abstrato

Do por que nós existimos,

Nesse espaço estrelado

Pelo que nós entendemos,

Nossos seres são estratos!

56 Diante dessa grandeza,

Do Teu santo falar

Nós vamos ser mais convictos

Para em Ti acreditar

Pois Tua misericórdia,

Fez todo este estelar!

57 Terminamos nosso assunto

Com o grande Deus vivente

E voltamos o pensamento,

Trinta milhões a frente

Para retornarmos à Terra,

Onde tínhamos parentes!

58 Procuramos ver agora

A posição das estrelas

Estivemos fora do tempo,

E perdemos as estribeiras,

Porém vemos, Cão Maior,

E a Sírius pelas beiras.

59 Com isto nos alegramos,

Pois nos sentimos uma bala

Vendo outras constelações,

Que perdemos até a fala,

Por saber tantos mistérios,

Que nosso pensamento cala!

60 Empreendemos velocidade,

Mas com menos energia,

Avistamos a Tucano,

E suas estrelas guias

Por elas nos direcionamos,

Pra tomar a nossa via!

61 Já avistamos Betelgeuse,

Com seu brilho avermelhado

Mais além, Aldebaran,

Tendo brilho assemelhado,

Procuramos pelo nosso sol,

Com seu clarão laranjado!

62 Avistamos estrelas novas,

No azul de seus fulgores

Pensamos logo na Terra,

Planeta de azuis alvores

Com seu giro em torno do sol,

Onde todos têm amores!

63 Passamos perto da Procion,

De Cão Menor orbitada

Além vemos Miraceti,

E as Plêiades na visada,

Também o sol solitário,

Porém dos planetas, nada!

64 Seguimos em velocidade,

De salto espacial

Já no sistema solar,

Vemos Haley, colossal,

Em sua órbita elíptica,

Cometa sensacional!

65 Percebemos logo Marte,

Numa retrógrada visão

Logo vemos o planeta

Com seu vermelho clarão,

Mais além, um mundo azul,

Mais lindo da imensidão!

66 Quando tocamos o solo,

Da Terra, pátria querida,

Ficamos admirados,

Dessa nossa curta vida,

Entretanto conhecemos,

A barreira desconhecida!

***

67 Eu, um simples poeta,

Olhando para o infinito

Fico contemplando as obras,

Do Eterno Deus bendito

Que na viagem espacial,

Me transformou num convicto!

68 O céu que nós pensamos,

Tem diferença total

Daquele em que estivemos,

Num sonho muito real

O núcleo é Deus poderoso,

Com seu domínio total!

69 Deixemos as religiões,

E seus dogmas interesseiros

Vamos ter a crença em Deus,

Num caminho verdadeiro

Longe das idolatrias,

Pois tudo é pelo dinheiro!

70 O futuro está no tempo,

Como nós o conhecemos,

Mas na verdade é o espaço,

Que estamos percorrendo,

E se aproxima a arena,

Onde julgados seremos!

71 Que seja este cordel,

Singelo esclarecimento

Para haver entre os humanos,

Um redirecionamento

De nas estrelas encontrarmos,

Com o nosso salvamento!

72 Termino aqui estes versos

Esperando que o leitor

Possa tirar proveito

Dessa escrita e seu teor

E saber que o Universo

É obra de um Criador!