AMOR DE RIBEIRINHO

Minha várzea querida,

Minha intensa paixão,

Tu és meu suspiro de vida.

De você, não abro mão.

Alegrias e tristezas,

Presentes em cada estação,

Um amor, que me leva ao extremo,

Uma louca relação.

No verão a felicidade,

Fartura em abundância,

Muitos peixes, diversas frutas,

O gado exibe elegância.

Mas, a enchente se aproxima,

Começo a me preocupar,

As matas vêm alagando,

Os campos parecendo mar.

O que era felicidade,

Transforma-se em meu pesar,

Os peixes ficando escassos,

Os animais para cuidar;

Vai me dando um cansaço,

Mas, não vou te abandonar.

Maromba é minha saída,

Opção triste sofrida,

Meu peito sangra por dentro,

No gado, literalmente as feridas.

E quando estou no limite,

Dessa extrema loucura,

Sinto a felicidade,

A estação muda de figura.

O meu amor se renova,

A água retrocedeu,

Volto a recuperar,

Tudo que se perdeu.

Mas, isso de nada importa,

Como assim já se diz,

O verdadeiro amor,

É aquele, que te faz feliz.

Embora, essa relação,

Seja difícil de compreender,

Ora me oferecendo alegrias,

Ora me fazendo sofrer,

Talvez, a explicação desse amor,

Esteja no simples medo, de te perder.

poeta da amazonia
Enviado por poeta da amazonia em 22/11/2014
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