Frei Dimão exorta Kathie ao pre-Natal

Andaste com as facuretes

rodando pelo Recanto

chupando mais que chicletes

e provocando só pranto

Vi-te à beira do mau caminho

esperando um caminhão

e sem o amigo Robertinho

por lá passou o Tremendão

É hora das abluções

vem depressa com o jarro

bacia e bons sabões

preciso tirar esse sarro

A batina, de velha puiu

como irmã, para servir

deixa de lado o pipiu

vem correndo para a cerzir

Comeste carne de porco

isso é coisa proibida

deita agora de borco

pra expelir a comida

O Espírrito é que ilumina

por seu sopro divino

a toda Maria alucina

doudo pra fazer menino

Ao Chico também patrulhaste

por apoiar deDilma o PT

e eu soube que procuraste

o que a Marieta não vê

No labor da Criação

o Pai pelejou seis dias

depois caiu no co(l)xão

pra fazer gerar as Marias

A José restou um consolo

ele que foi bom soldado

depois de levar um bolo

sobrou-lhe, digno, o cajado

Melhor tivesse sido (en)capado

pra não passar por luxúria

que é coisa de anjo, en viado

em sua veste purpúrea

Acende logo a espermacete

que é vela que muito dura

enquanto em jorro, derrete

mas que se mete segura

Parte logo pra penitência

que é pra tua salvação

deixa de concupiscência

e beija o cajado durão

Feitas as abluções, reinando tesões, Kathie lista suas adesões, com poucos senões, na cova dos leões:

Facuri é um brigadeirinho\

E você o meu doce de leite\

Pare com esse seu ciuminho\

E vivamos essa vida em deleite\

É que na beira do caminho tinha uma pedra\

'Porrisso' esperei um caminhão\

Tive até que tomar chá de efedra\

Porque senti até comichão\

Trouxe até caco de telha\

Para a lavagem bem limpa\

Isso é pra baixar a centelha\

Me passa o sabonete? Será supimpa!\

Tuas batinas se rasgam à toa\

Porque soltas muitos puns\

E depois ficas com essa cara de broa\

Forçando para lascar mais alguns\

De borco é só para relaxar\

Esperando pela penitência\

Espero que seja um bom paxá\

Para acabar logo com toda ardência\

Menino só Zizuis\

Que nasceu da virgem moça\

Faço o sinal da cruz\

Para o pudim de leite Moça\

Chico é um gostosão\

Homem lindo de doer\

Esse tremendo coroão\

Dá vontade de comer\

Criação é coisa fina\

Vem do Pai em sacrifício\

E veja que tudo se combina\

Nos dias de hoje esse ofício\

O bom carpinteiro\

Entende de madeira\

Mas não frequentou - uteiro\

Foi digno sobremaneira\

Penso que nada se encapa\

Nem pica e nem pau\

É tudo na sulapa\

Faz bem e nunca o mal\

Espermacete eu seguro forte\

Deixo a lava escorrer mansinha\

Adoro ser o suporte\

Pra depois dar uma lambidinha\

e beija o cajado durão

Beijo o cajado bem duro\

E com o rosário foi rezando\

Tantas contas desse enduro\

E assim vou lá... 'butandu'

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 20/12/2014
Reeditado em 20/12/2014
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