O MENINO INTELIGANTE.KKKK

Joãozinho era um menino,

Um tanto assim diferente,

Que vivia questionando,

Seu saber constantemente,

Foi então que um certo dia,

Levaram-no pra diretoria,

Pra se explicar felizmente.

Perguntou a professora,

Diga-nos qual seu dilema,

Pois aqui eu e o diretor,

Comandamos esse sistema,

Vá logo desembuchando,

Por favor, vá nos contando,

Que tipo é seu problema.

Joãozinho desembuchou,

E falou toda a verdade,

Disse ele pra professora,

Apesar de pouca idade,

Acredite inteiramente,

Eu sou muito inteligente,

Pois provo sem vaidades.

Estou no primeiro ano,

E aqui não me sinto bem,

Eu quero ir pro terceiro,

A turma que me convém,

Da minha irmã Isabella,

Sou mais sabido que ela,

Quero ir pra lá também.

Nessa hora a professora,

Manda-o pra diretoria,

Espere-me na ante-sala,

Não me faça pantomia,

Seja lá do jeito que for,

Vou falar com o diretor,

E resolver essa anarquia.

Disse então o diretor,

Traga-me aqui o menino,

E façamos-lhe perguntas,

Pra descobrir o seu tino,

Dependendo do que disser,

Faremos o que ele quer,

Damos-lhes outro destino.

Como eu creio que ele,

Não vai saber responder,

As perguntas que faremos,

Creio que não vai saber,

Por tanto façamos o entra,

E a esse teste começar,

Temos muito o que fazer.

Então Joãozinho entrou,

Um tanto desconfiado,

Como quem nada queria,

E os olhos esbugalhados,

Pôs-se em frendo diretor,

Que pra Joãozinho olhou,

E disse: Esse tá lascado!

Perguntando pra Joãozinho,

Quanto é três vezes três,

E sem olhar na tabuada,

Responda-me de uma vez,

Joãozinho não se comove,

Responde depressa é nove,

E o três duas vezes é seis.

E quanto é seis vezes seis,

Retruca forte o diretor,

Joãozinho olhando pra ele,

Isso é fácil meu senhor,

Pois isso até já decorei,

Sua soma é trinta e seis,

Assim meu pai me ensinou.

Assim todas as perguntas,

Respondidas que nem bala,

E o diretor ficou abismado,

Que quase perdeu a fala,

Sem ter como argumentar,

Vamos ter que concordar,

E mudar Joãozinho de sala.

Nessa hora a professora,

Mostrou-se inconformada,

Propondo que continuasse,

As perguntas sem mancada,

Disse então pra o diretor,

Quero a licença do senhor,

Pra matar essa charada.

Mas que depressa o diretor,

Deu-lhe inteira autonomia,

Pra fazer qualquer pergunta,

Que somente a ela cabia,

Disse-lhe pode perguntar,

Se algumas delas ele errar,

Fica onde está esses dias.

E disse diga-me Joãozinho,

O que todas as vacas tem,

E são em numero de quatro,

Mas eu tenho dois também,

De uma forma devastadora,

Disse as pernas professora,

Isso entendo muito bem.

Disse ela tá muito bem,

Tu poderias me responder,

O que há nas suas calças,

Que na minha não pode ter,

Disse Joãozinho sem vacilar,

São os bolsos pra guardar,

As coisas pra eu não perder.

Indaga-lhe a professora,

Qual a parte na mulher,

Que costuma cheirar peixe,

Responda-me que parte é,

E Joãozinho disse feliz,

Disse essa parte é o nariz,

Acredite quem quiser.

Fala então a professora,

Diga-me o que é meu rapaz,

Na mulher só entra na frente,

No homem só entra atrás.

Joãozinho olha e não treme,

Diz bem alto é a letra M,

Desacorde de mim se é capaz.

Continua a professora,

Responda-me Joãozinho,

Em que lugar a mulher,

Tem o cabelo enroladinho,

Disse eu respondo na raça,

Pois esse lugar é na África,

Isso é longe e não pertinho.

O que é que entra seco e duro,

E sai dali mole e pingando,

Nessas alturas até o diretor,

Estava a pavorosas e suando,

Diz Joãozinho é uma balela,

Isso é o macarrão na panela,

E é da china estou falando.

A professora continua,

Responda-me sem rodeios,

Preste atenção na pergunta,

Pra não dizer nome feio,

Tem a letra B pra começar,

Termina com a sílaba TA,

E tem a letra C no meio?

Nessa hora até o diretor,

Estava com a cara fechada,

Joãozinho coça a cabeça,

E solta uma gargalhada,

Lança aquele olhar sapeca,

E responde é a bicicleta,

Pela Alemanha inventada.

Diga-me que monossílabo,

Que começa com a letra C,

Tem um buraco no centro,

Me diga eu quero saber,

Mesmo sendo resistente,

Eu já dei pra muita gente,

Se saia que eu quero ver.

Joãozinho piscou o olho,

Disse essa está no papo,

Nisso eu não sou perito,

Mas não vou engolir sapo,

Vou contar só pra você,

Trata-se apenas de um CD,

Um bom presente de tato.

O diretor já assustado,

Com tanta interrogação,

Disse auto a professora,

Que já estava sem ação,

Por isso a interrompeu,

E a Joãozinho agradeceu,

Com muita admiração.

Disse olha eu reconheço,

Que o menino é demais,

Eu a nenhuma pergunta,

Responder seria capaz,

Dobro-me ante a maestria,

E a tão grande sabedoria,

Desse pequeno rapaz.

Acredito confiantemente,

Pelo que nos demonstrou,

Terá bem futuramente,

Um bom cargo a seu favor,

Dizendo quase sem fala,

Pode ocupar minha sala,

Sendo o nosso diretor.

Cosme B Araujo.

14/01/2015.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 14/01/2015
Reeditado em 14/01/2015
Código do texto: T5101541
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