CORDEL DO DESAFIO

Tatu não caminha dento
Rola num senta im pau-de-sebo
Talvez você use unguento
Naquilo que te concedo.
Cabra não se meta a besta
Num cordel que não tem fim
Nem virado num capeta
Você ganha de mim.


INTERAÇÃO
Esse é o desafio da SOLLARES, vai se lascar todinha, espere e verá.


Sabe com quem tu ta falando?
Cabra não olha o respeito,
Essa sua bola pode jogar,
Que eu mato ela no peito.
Sou baiana de berço,
Não corro de desafio,
E se teimar em me ganhar,
Vou botar pra sair de fininho,
Tatu peba na lagoa não ganha pro sapo rei,
Se tu acha que é tão bom,
Então te concedo a vez,
Mais vai ter que ser arretado,
Pois como tu já botei pra correR trêz,
Que machucado perdeu a rima,
Sai falando com a voz fina
E não me desafiaram mais nem uma vez.

RESPOSTA A SOLLARES


Sei bem com quem tô falando,
E não lhe falto com respeito.
A bola que você quer jogar,
Sou bom e faço até efeito,
Sou filho de Virgilino, o Lampião,
O homem mais temido do Sertão,
Só me curvo ao deleito
E se não é baiana de Caiçara,
Como aquela que balançou o coração
Do cabra da peste Lampião,
Pode ser uma baiana com defeito.
Quero te dizer agora,
Que não temo um desafio,
Sou do sertão pernambucano,
Não sei o que é calafrio.
Vou te dizer neste isntante,
O que você vai matar no peito,
Será meu coração errante,
Pois sou um bom sujeito.



 
Léo Pajeú Léo Bargom Leonires
Enviado por Léo Pajeú Léo Bargom Leonires em 21/08/2015
Reeditado em 24/08/2015
Código do texto: T5354291
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