"NOSSA VIDA NESSA VIDA".

Ao vivermos nesse mundo,

Tem cada homem uma lida,

Seja alegre ou moribundo,

Sem saber desgasta a vida,

Em meio às adversidades,

Com sufoco e ansiedades,

Não tem batalha perdida.

Enfrenta qualquer parada,

Pra não cair no caminho,

Mesmo que pelas estradas,

Possa mesmo está sozinho,

Seja um valente ou pacato,

Se sóbrio ou não de fato,

Tenta não colher espinhos.

Muitas vezes se entristece,

Em meio as tempestades,

Porém jamais se esquece,

Quem foi aqui na verdade,

Assim se apega com garra,

Pela vontade ou na marra,

E não morrer por covarde.

Mergulhado nas ilusões,

Que esse mundo oferece,

Vai aos poucos se doando,

Das coisas boas esquece,

Como a alma moribunda,

Quando a esperança afunda,

Chora reclama e padece.

Dizem eles na sua força,

Ninguém tem nada com isso,

Essa vida é minha e pronto,

A ninguém sou submisso,

Mas vai lamentar e gemer,

Quando tarde compreender,

Que anulou o compromisso.

Só sente as forças fugir,

Com o avanço da idade,

Onde músculos e tendões,

Perdem a singularidade,

As pernas e braços frouxos,

Tantas rugas no pescoço,

Envelheceu na verdade.

Caminha a passos lentos,

Sem saber o seu destino,

Ao brado de sempre avante,

Desde o tempo de menino,

De onde tem as valentias,

Que em seu passar dos dias,

Valentes viram mofinos.

Vive o homem os seus dias,

Como se fosse emprestados,

Iludido por toda a vaidade,

Neste mundo confinado,

Sem outro lugar pra fugir,

Vagueando até sucumbir,

E ter morte por herdade.

É assim desde o princípio,

Que passou a existir gente,

Onde nos contam os atos,

Pertencidos a Deus somente,

Que Deus com infinito amor,

Os seres humanos formou,

Sendo livres e independentes.

Mas o homem ambicioso,

Quis provar que era capaz,

Distanciando-se de Deus,

Numa perversidade falaz,

Trouxe pra si triste sorte,

Trocando a vida por morte,

Só pra nunca mais ter paz.

Passando a experimentar,

Todo o infeliz resultado,

Perdeu assim a liberdade,

De Deus o melhor legado,

E sofrer as consequências,

Da maior das imprudências,

Ao sentir-se escravizado.

Como um ser inteligente,

Tinha chance de escolher,

De ser livre ou ser escravo,

Ter vida eterna ou morrer,

Mas como infausto herdeiro,

Por prazeres passageiros,

Quis ao pior se render.

Assim é o curso da vida,

Para todos os viventes,

Embora muitos não saibam,

Que partirão brevemente,

Com toda fé fazem planos,

Mas nas mão do soberano,

Todos estão felizmente.

Ninguém sabe a hora exata,

Pra se despedir da vida,

Dando as costas pra chibata,

Por todos os tempos na lida,

Pois assim com essa agonia,

Não há soma e nem quantia,

Que lhe prolongue a partida.

Pois assim na juventude,

Que o vigor parece eterno,

Onde o home pode tudo,

Quer seja verão ou inverno,

Afunda-se em fazer asneiras,

E quando enxerga a besteira,

Chora no açoite do ferro.

Tenho visto cada homem,

De naturezas arrogantes,

Achando que tudo pode,

Pinta e borda todo instante,

Porém no final da linha,

Com essa vida mesquinha,

Onde se esvai seu rompante.

Acabam-se os atrevimentos,

Que o homem tem nas veias,

Enfraquecem os moedores,

Quando a medida está cheia,

Pois sem querer entender,

Chegam os tempos de colher,

A tudo o que aqui semeia.

Assim é a lei da existência,

Não tem para onde correr,

Sabemos que cedo ou tarde,

Vamos todos nos recolher,

Sejam grandes ou pequenos,

Nasceu provou do veneno,

Vai virar pó sem querer.

Cosme B Araujo.

07/08/2015.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/09/2015
Reeditado em 27/09/2015
Código do texto: T5373681
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