CORDEL – Bairros no Grande Recife e adjacências – 24.10.2013
 
CORDEL – Bairros no Grande Recife e adjacências – 24.10.2015 (PRL)
 
 
Foi no domingo passado
Que reuni uns amigos
E bem despreocupado
Em todos os meus sentidos
Para fazer um passeio
Aos lugares da cidade
Era grande o meu anseio
Com toda sinceridade
(2)
Sem qualquer itinerário
O tempo seria escasso
E também por temerário
Mas sem temer o fracasso
Na intenção de visitar
O que fosse de boteco
E muita cana tomar
Mesmo sendo num caneco
(3)
Saímos da “Encruzilhada”
Na direção do “Espinheiro”
Bem pertinho, quase nada...
Levamos muito dinheiro
Entramos num botequim
Para provar das cachaças
Sem pensar em tempo ruim
Fomos pro bairro das “Graças”
(4)
Passamos pelos “Aflitos”
Onde o Náutico tem campo
Que abrigou os conflitos
E gente saiu no grampo
O jogo foi contra o Grêmio
Lá do sul, de Porto Alegre,
Que no fim ganhou o prêmio
Nossa torcida com febre
(5)
E prosseguindo viagem
Passamos  “Tamarineira”
Mas sem querer hospedagem
No hospital da leseira (leso, maluco, tolo, idiota...)
Então seguimos direto
Fomos pra  “Casa Amarela”
Que na verdade era a cor
Da parede e da janela
(6)
Passamos o “Entroncamento”
Na “Estrada do Arraial”
E no nosso pensamento
Um clube da capital
O América, verde e branco,
Campeão do Centenário
Que de tombo ficou manco
Foi expulso do cenário
(7)
Num barzinho de calçada
Resolvemos descansar
Fazendo só palhaçada
Para o momento alegrar
De lá cortamos caminhos
Para chegar em  “Arruda”
Nem olhamos pra “Peixinhos”
Cujo perfil nunca muda
(8)
Pra trás ficou “Campo Grande”
E também o “Salgadinho”
Lugar que não se expande
Tem tira gosto, bolinho,
Seguindo na caminhada
“Olinda” cidade histórica
Com cada praia encantada
Não se trata de retórica
(9)
“Bairro Novo”, “Varadouro”,
“Farol”, “Carmo” e “Milagres”
Para nós grande tesouro
Tem o convento dos frades
E já quase ao meio dia
Para evitar a ressaca
Não fui pra casa da tia
Armamos nossa barraca
(10)
Ainda tinha dinheiro
Pra beber e coisa e tal
Pensamos no “Cajueiro”
Um tira gosto normal
Passando por “Água-Fria”
Rumamos pra “Beberibe”
Que é grande, não sabia,
Lembrando de “Paratibe”
(11)
Ao longe tinha um estande
Que causou admiração
Pois rapaz de “Bomba Grande”
Sai com mulher do “Fundão”
De cana quase “Afogados”
Pensamos ir aos “Torrões”
Onde todos admirados
Guardavam suas paixões
(12)
Nas praias da zona sul
Do “Pina”, “Boa Viagem”
Cuja água sempre azul
Parecia ver miragem
Em “Piedade” e “Candeias”
Onde o povo quase nu
Domava suas baleias
No “Buraco do Tatu”
(13)
Mais pra frente tinha o “Cabo”
Lugar de muito progresso
E tem tanto cara brabo
Fazendo muito sucesso
Mas claro que lá não fomos
Pra não gerar confusão
Pois nem sempre nos expomos
Bem melhor ir pro “Jordão”
(14)
No “Hipódromo” não vimos
Nenhum cavalo sequer
Mas também não competimos
Só gostamos de mulher
Então de lá nós seguimos
Ao bairro de “São José”
A conta nós dividimos
Bem pertinho da maré
(15)
Passando na “Boa Vista”
Bairro bem movimentado
Que nem estava na lista
Como também o “Curado”
“Dois Carneiros” minha gente
Nada de lá no traçado
Pois é um bairro carente
Necessita de cuidado
(16)
“Santo Amaro” e “Santo Antônio”
Cada qual que mais porreta
Ninguém tá com o demônio
Pra fazer qualquer mutreta
E bem na “Ilha do Retiro”
Do “Derby” ali pertinho
Pra chegar é só um giro
Basta tomar um golinho
(17)
“Jardim São Paulo” tem gente
Como tem em “Caxangá”
Que se ajoelha na frente
Com vontade de rezar
Em “Monteiro” e “Ouro Preto”
Bem assim na “Madalena”
“Na Vila do IPSEP”
É a mesma cantilena
(18)
Mas foi na “Imbiribeira”
Uma madeira de lei
Onde ninguém diz besteira
Que bons momentos passei
“Areias” e “Sam Martim”
“Macaxeira” por sorteio
Foi quando de lá eu vim
Para o “Engenho do Meio”
(19)
Em “Várzea” e “Casa Caiada”
Lá no “Barro” e “Coqueiral”
Cada casa bem pintada
Preparando pro Natal
Festa da fraternidade
Nos tempos de Pai Noel
Vamos fazer caridade
Gastando nosso papel
(20)
Um dos nossos companheiros
Só queria tomar rum
Então corremos ligeiros
Pras bandas lá do “Brum”
Todo mundo já melado
Sem um centavo sequer
Com medo de ser trancado
Ou apanhar da mulher
(21)
E por mais que se quisesse
Não daria vencimento
Pois tem bairro que merece
Ser citado no momento
Mas vou ficar por aqui
Não vou explorar ninguém
Preciso fazer xixi
Tem bebum pra mais de cem.
 
Ansilgus
23/11/15 - Stelo Queiroga assim interagiu:

Viajei pela veneza  ...
Em teu passeio bacana ...
Admirando a beleza...
Me embriagou tua cana ...
Pr'aí fui recém-casado ...
E comecei minha vida...
Inda sou apaixonado ...
Pela cidade querida ... 

27/11/15 – SanCardoso  assim interagiu, muito grato:

POETA RECIFENSE =

Poeta, sentimento aflorado,
das rimas e das lembranças
Fez esse cordel bem viajado
Um giro, por suas andanças.
Nos caminhos bem acertados
pelos bairros e as vizinhanças
*Pina*, *Boa viagem* afamados
Recife, reduto de temperanças...
 
 = Parabéns,

03/12/15 09:23 - Jacó Filho
interagiu com maestria:

Quando estive em Recife,
Hospedei-me em Piedade,
Mas ando toda a cidade,
Como se nada existisse,
Além da grande beleza,
Que o mundo todo clama,
Com a mais bela Veneza...

 Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos
ilumine... Sempre.

13/12/15 12:53 - Miguel Jacó interagiu com a sua habilidade:

Estive no Geraldão,
no bairro da boa vista,
já se vão tantos anos,
que me apagou a pista,
mas lá assisti ao Fagner,
cantador e ritmista,
haviam lindas cabrochas,
prestigiando ao artista.



 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 22/11/2015
Reeditado em 13/12/2015
Código do texto: T5457566
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