MOSQUITO DO CÃO.

Eu de cá fico pensando

Como seria o merengue

De Antônio conselheiro

Enfrentando esse perrengue

Com os mosquitos miúdos

Abandonando Canudos

Só porque tava com dengue.

E o famoso padre Cícero(ciço)

De uma história tão rica

Por de baixo da batina

O mosquito vem e pica

correndo ia ele ligeiro

Do Crato e de Juazeiro

Com medo da tal da zika?

Imagine só a vergonha

Servindo de testemunha

O temido Lampião

Que tanta coragem alcunha

Torto de dor e cansaço

Abandonasse o cangaço

Por causa da chikunguya?

Eita mosquitinho infame

Esse não há quem aguente

Não usa faca ou punhal

Não possui unha nem dente

Sem ter tamanho ou porte

Derruba o fraco e o forte

Enfrenta qualquer valente.

Se eu tivesse o poder

Sobre esse inseto fatal

Usaria acredite

Como arma natural

Para livrar a nação

Esse mosquito do cão

Ia picar outro mal.

O meu exemplo é simples

Em pouca rima encerra

Estancaria a ferida

Que jorra sangue na terra

Botando a dengue safada

Para dá uma picada

No cangote ruim da guerra.

Outra carrada eu juntava

Com todo meu otimismo

Levando esses mosquitos

Para beira de um abismo

E comandando a tabica

Dava ordem pra tal zika

Ferroar o egoismo.

E pra terminar a missão

Sem bandeira e sem nome

Atacava de uma vez

Aquela que nos consome

A sua caveira eu expunha

Depois que a chikunguya

Matasse toda a fome.

Ebenézer Lopes
Enviado por Ebenézer Lopes em 14/03/2016
Reeditado em 14/03/2016
Código do texto: T5573342
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