O FUSCA A VIATURA E UMA TRADIÇÃO

Resbuscando em minha mente

Lembranças que outrora trás

Vou contar pra essa gente

Fato que ficou pra trás

Feira da Mata antigamente

Tinha uma bela tradição

Que fazia aquela gente

Demostrando união

Todo sábado de aleluia

Para o Judas ir queimar

Nem a tribo dos tapuias

Essa união ia mostrar

Com o povo bem focado

Nesta noite o tempo inteiro

Tinha sempre um encarregado

Pra fazer o zombeteiro

E na noite da peleja

Alguma coisa ia mudar

Orava o povo na igreja

Para DEUS abencoar

E com muita oração

Muita alegria e muito amor

Depois dessa comunhão

Indo pra casa o bom pastor

Se deparou com uma cena

Na sua casa ao chegar

E vou dizer neste poema

O que estava a enxergar

Viu empurrarem um velho carro

Um fusca que o mesmo tinha

Naquele instante bem bizarro

Pois pra correr a patotinha

E vendo esse movimento

Uma atitude foi tomar

Foi procurar pelo sargento

Para este fato reclamar

E com muita emoção

Sem o caso entender

Por não saber até então

O que estava a acontecer

Uma queixa descreveu

Pra o sargento Bigodão

Ao dizer que o fusca seu

Ele gritou pega ladrão

E o sargento ouvindo isso

Para o mesmo respondeu

Vá pra casa meu amigo

Pra cuidar do que é seu

Que eu vou fazer campana

Outro polícia vou chamar

Hoje não durmo em minha cama

Pra sua casa vigiar

E assim neste plantão

Pra garantir o seu acordo

E resolver a confusão

Pra evitar um desacordo

Passou ao povo procurar

Para o tal fusca devolver

E o EVANGELISTA foi chamar

Pra ir com ele resolver

Agora aqui vou explicar

A tradição desta questão

Que o pastor a implicar

Por não saber qual a razão

Que estava o povo a levar

De toda rua o que ver

Pois nada iam relevar

Seja o que fosse iam mover

E para praça carregando

Era automóvel ou objeto

E tudo ali iam juntando

Seja de longe ou de perto

Era tapete, era bujão

Era cadeira, era trator

Um velho JEEP ou fogão

Também o fusca do pastor

Seja o que for tanto fazia

O importante era manter

A tradição com alegria

Pra aquele povo entreter

Pois em adornos transformavam

Virava ali decoração

E aquela praça enfeitavam

Com os objetos em questão

Passando agora o relato

De uma noite a trabalhar

Estava o povo no seu ato

Pra muita coisa empurrar

E a viatura no encalço

Para o fusca proteger

Isso pra nós não foi percalço

Mas pro pastor se amerger

Não teve jeito para isso

Mesmo com muita oração

E outra coisa marcou nisso

Que gerou nova confusão

A madrugada foi chegando

E a missão já terminou

E mais ninguém incomodando

Assim dormiu o bom pastor

Então pra casa retornamos

Pra tentar dormir um pouco

A viatura nós guardamos

Na frente de um certo posto

E ao nascer do novo dia

Foram acordar o Bigodão

Vejam só que ousadia

Que lhe falaram no portão

Que o povo da pirraça

Já não tendo o que fazer

Empurraram para praça

A viatura com prazer

Ouviu aquilo Bigodão

Com muita raiva a espumar

E começou outra missão

Ali a cobra ia fumar

Então disse ao EVANGELISTA

Tu não vai acreditar

Que até o carro da polícia

Esse povo foi pegar

Pois lá na praça ta o Judas

Com a viatura em questão

Junta logo tuas mudas

Vamos fazer investigação

Imagina esse episódio

Bigodão com raiva a pé

No semblante um grande ódio

E eu sorrindo sem da fé

Porque achava engraçado

O que tinha acontecido

Mas sorria com cuidado

Com o sargento aborrecido

E assim juntamos muitos

Responsáveis por fazer

E coduzimos com o intuito

Pra viatura devolver

E só após um bom sermão

Que este poeta ali teceu

Olhando para Bigodão

O povo logo obedeceu

E a viatura foi no braço

Da mesma forma que trouxeram

Nem o circo com palhaço

Tanta graça ali fizeram

Ficou aquilo engraçado

Lá na Mata o povo ver

Entre eles um bocado

Sem saber o que fazer

Passaram a noite sem dormir

Para tradição se confirmar

E pra tentar se redimir

Restou pra eles infirmar

Foi assim que a viatura

Retornou pro seu lugar

E o povo nessa altura

Sem saber o que falar

Só restava no momento

Ao sargento agradecer

Tendo em vista o tormento

Que faltava acontecer

A resenha lá na Mata

Dessa história que marcou

E com um estigmata

O pastor também ficou

Deixando assim uma lição

Pra o povo compreender

Que pra manter a tradição

É preciso entender

Que da igreja não se mexem

Nem no padre e no pastor

Pois os dois caso se avexem

Para DEUS farão clamor

E nas suas orações

Para aquilo culminar

Só pediram proteção

Para o bem ali reinar

E resultado da oração

Dos dois discípulos a pregar

Botou no povo a visão

Pra viatura ir pegar

E essa foi uma peleja

Pra aquele povo aprender

Que no caminho da igreja

Nós não devemos nos meter.

MAL EVANGELISTA
Enviado por MAL EVANGELISTA em 18/05/2016
Código do texto: T5639049
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