A LUZ
Eu desejo todo dia
Partilhar com alegria
Essa luz que me irradia
Com a força do clarão.
Que me faz rimar ligeiro
Nesse canto altaneiro
Pra Poeta e Seresteiro
Nos oito pés a quadrão.
Desejo sinceramente
Qu’essa luz em mim presente
Permaneça eternamente
E me faça um campeão.
Pois da luta não desisto
Ao combate eu resisto
Em cantar sempre insisto
Nos oito pés a quadrão.
Nas batalhas dessa vida
Sempre sobra uma ferida
Pra lembrar a dor sofrida
Na triste desolação.
Mas uma ferida é nada
Se a cabeça é levantada
Pela honra restaurada
Nos oito pés a quadrão.
Quem me diz: Mal-humorado!
Acha que sou revoltado
E me julga fracassado
Pobre diabo, sem razão.
Eu replico em juramento
Pr’esse burro e jumento
Você faz mal julgamento
Nos oito pés a quadrão.
Quando tudo isso acabar
Pouca gente vai restar
Não adianta lamentar
Não terá mais solução.
E quem fala sem saber
Há de se arrepender.
Vê se aprende a escrever!
Nos oito pés a quadrão.
Vou seguindo meu caminho
Sei que não ando sozinho
E apesar de todo espinho
Sigo a luz da sã razão.
Sob a fé sou restaurado
Fico tão emocionado
Que escrevo inspirado
Nos oito pés a quadrão.
(EDUARDO MARQUES 03/04/15)