O VELHO PÉ DE CAJÁ
O velho pé de cajá
Uma árvore centenária
Parte da historia do sertão
Nos tempos de cangaceiros
Deu sombra a lampião
Acolheu várias volantes
Testemunhou aflição
De vizinho um cemitério
Cruzes a lhe estender a mão
Todo ano uma florada
Seus frutos era redenção
Com a chegada do progresso
Todo povo se animou
Chegava ali a luz elétrica
O candeeiro se apagou
A noite escura sertaneja
De repente clareou
Cortaram o pé de cajá
E quase ninguém reclamou
Na insensibilidade do homem
A árvore centenária se findou.
Cicero Aguiar Ferreira